Política

Abreu Amorim Afirma que Não Há Acordo Duradouro com o Chega

O ministro dos Assuntos Parlamentares reafirma que não existe um acordo com o Chega, após ter reconhecido inicialmente um entendimento. O PS questiona a veracidade das declarações do Governo.

há 5 horas
Abreu Amorim Afirma que Não Há Acordo Duradouro com o Chega

No último sábado, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, fez uma clarificação importante: "não há acordo que tenha durabilidade" com o Chega, revoltando assim a narrativa que se seguiu à sua declaração anterior sobre um "acordo de princípio" relacionado com o pacote da imigração.

José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, não hesitou em exigir ao primeiro-ministro que esclarecesse a situação, suscitando a questão: "Quem está a falar a verdade?" Segundo Carneiro, "já não víamos um ministro a contradizer o primeiro-ministro há muito tempo".

Abreu Amorim, após a sua aparição na X Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, insistiu que o Governo continuará a programar as suas políticas sem depender de acordos pontuais com o Chega. "O nosso compromisso é governar de acordo com o nosso programa, dialogando com todos os partidos, mas sem acordos perenes", disse ele.

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou ter um "princípio de acordo" com a AD em relação a mudanças na lei da nacionalidade, confirmando um entendimento que inclui a suspensão de audições solicitadas pela esquerda.

Em entrevista à Rádio Observador, Abreu Amorim admitiu que houve conversas com o Chega sobre imigração e IRS, contrapondo as declarações de Ventura, que havia expressado desconhecimento sobre esse "acordo de princípio".

Enquanto isso, o ex-ministro José Vieira da Silva criticou a aproximação de Luís Montenegro com a extrema-direita, instando o PS a não se oferecer como parceiro preferencial ao Governo. "A aliança com a extrema-direita é perigosa e alimenta discursos xenófobos", alertou.

A tensão aumenta à medida que se aproxima o acto eleitoral de 2024. Luís Montenegro refere que a sua postura de "não" ao Chega continua válida, mas o primeiro-ministro havia previamente declarado ser "impossível" governar em conjunto com o partido de Ventura devido à sua instabilidade política.

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