Acidentes rodoviários em Moçambique provocam 409 mortes em apenas seis meses

No primeiro semestre de 2023, Moçambique contabilizou um total de 409 mortos decorrentes de acidentes de viação, um aumento de 43 vítimas em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando 366 pessoas perderam a vida. Estes dados foram divulgados pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e evidenciam um panorama preocupante nas estradas do país.

O balanço da polícia revela que, nos primeiros seis meses deste ano, ocorreram 326 acidentes, um ligeiro aumento em relação aos 310 do ano passado. Neste contexto, foram também registados 314 feridos graves e 509 feridos ligeiros, numa comparação com 271 feridos graves e 544 ligeiros no primeiro semestre de 2022.

Dentre os acidentes, os atropelamentos foram os mais frequentes, totalizando 122, seguidos por 79 despistes, 50 embates entre veículos e 44 colisões entre automóveis e motociclos. As causas para estas tragédias incluem velocidade excessiva, ultrapassagens irregulares, falhas mecânicas, travessias imprudentes e condução sob influência de álcool.

As autoridades reconhecem a gravidade da situação, destacando que a velocidade excessiva e a condução embriagada são os fatores mais determinantes para os acidentes rodoviários. Em resposta a esses números alarmantes, o Governo de Moçambique aprovou um Plano de Ação de Segurança Rodoviária, que inclui ações para melhorar a fiscalização, reformular a legislação e sensibilizar a população.

Entre as iniciativas está a criação de um centro de atendimento pós-acidente na Manhiça, uma área particularmente afetada por sinistros. O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, informou que em 2024 o país registou 825 mortos em acidentes de viação, uma subida de 9% em relação a 2023, onde ocorreram 668 acidentes, acarretando um impacto gravoso tanto social como economicamente, estimando-se que os acidentes rodoviários custem cerca de 10% do PIB nacional.