Aumento dos casos de Mpox em Moçambique: novas infecções e contactos sob vigilância

A Direção Nacional de Saúde Pública de Moçambique anunciou hoje a confirmação de dois novos casos positivos de mpox, elevando o total para seis infecções na província de Niassa, no norte do país. Adicionalmente, 23 casos suspeitos estão a ser acompanhados.

No boletim diário sobre a evolução da doença, que apresenta dados entre 11 e 16 de julho, revela-se que há atualmente oito doentes em isolamento e 27 contactos monitorizados pelas autoridades sanitárias.

Os dois novos casos confirmados surgiram na última jornada também no distrito de Lago, Niassa, com mais três casos suspeitos detetados, incluindo um na província de Tete. Até agora, não foram reportadas mortes relacionadas com este surto de mpox, que afeta países vizinhos, nomeadamente o Maláui, onde a situação é considerada mais crítica com cerca de 50 casos.

O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, afirmou que os infetados em Moçambique têm ligações diretas com o Maláui, sublinhando que os indivíduos foram isolados para evitar a propagação da doença. "Estão em quarentena para assegurarmos que a doença não se alastre ao restante território", comentou.

O Ministério da Saúde garantiu que os pacientes estão clinicamente estáveis e a ser monitorizados em isolamento domiciliar. Estes são os primeiros casos atuais em Moçambique, que se junta a uma série de outros países da região afetados pelo surto.

A mpox é uma doença viral zoonótica, reconhecida pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox como Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional em agosto de 2024, devido ao aumento de casos e mortes.