China defende legalidade da condenação de japonês por espionagem
Governo chinês reafirma cumprimento da lei após sentença de três anos e meio a um cidadão japonês acusado de espionagem, garantindo a proteção dos direitos consulares.

O governo da China declarou hoje o seu apoio à condenação de um cidadão japonês, que foi sentenciado a três anos e meio de prisão sob acusações de espionagem, garantindo que todo o processo judicial se deu "em conformidade com a legislação vigente".
Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, afirmou, durante uma conferência de imprensa, que as autoridades judiciais chinesas tratam os casos com rigorosa observância da lei, assegurando que os direitos e interesses legítimos de todos os envolvidos são respeitados. "Seguindo as convenções internacionais e o acordo consular entre a China e o Japão, facilitámos a assistência consular ao Japão", afirmou.
O porta-voz destacou que a China valoriza a cooperação económica e comercial com o Japão, prometendo um ambiente propício às actividades legais de cidadãos e empresas japonesas. "Recebemos de braços abertos empresas estrangeiras dispostas a colaborar economicamente na China. Desde que cumpram as leis locais, não há motivos para apreensões", acrescentou.
Apesar da declaração do governo chinês, as autoridades ainda não confirmaram oficialmente a condenação, a qual foi divulgada pelo embaixador japonês em Pequim, Kenji Kanasugi, após o julgamento. O diplomata expressou pesar pela sentença imposta ao cidadão japonês, enfatizando que o Japão continuará a buscar a sua libertação rápida e a oferecer todo o apoio necessário.
Este caso remonta a março de 2023, quando o indivíduo, funcionário da farmacêutica Astellas Pharma, foi detido enquanto se preparava para regressar ao Japão. Acusado de violar as leis de contraespionagem, o caso carece de informações adicionais.
Desde 2015, pelo menos 16 cidadãos japoneses foram detidos na China por alegações de espionagem, sendo que cinco ainda permanecem detidos. Nos últimos anos, a China intensificou o controle sobre cidadãos estrangeiros, com várias alterações legislativas relacionadas à contraespionagem e à posse de "equipamentos de espionagem", no contexto de um reforço da segurança do Estado.