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Comboio humanitário chega à cidade de Sweida após semanas de conflito

O primeiro comboio de ajuda humanitária entrou na cidade síria de Sweida, atingida por intensos combates, segundo informação do Crescente Vermelho sírio.

há 4 horas
Comboio humanitário chega à cidade de Sweida após semanas de conflito

O Crescente Vermelho sírio anunciou a chegada do primeiro comboio de ajuda humanitária à cidade de Sweida, fortemente marcada por uma semana de violentos confrontos intercomunitários. A província, onde a população é maioritariamente drusa, viu um frágil cessar-fogo ser implementado, após mais de mil fatalidades, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O porta-voz da organização, Omar al-Maliki, afirmou à agência AFP: "Este é o primeiro comboio a entrar após os eventos recentes, e atualmente já se encontra na cidade de Sweida".

A entrada do comboio, que transporta 32 veículos com alimentos, materiais médicos, combustível e sacos para cadáveres, foi cuidadosamente coordenada entre o governo e as autoridades drusas locais. A cidade enfrenta uma grave crise humanitária, com escassez de água e eletricidade.

Entretanto, um segundo comboio, organizado por autoridades sírias e composto por mais de 40 camiões, foi impedido de entrar na cidade. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria informou que "milícias armadas sob o comando do xeque Hekmat al-Hijri bloquearam o acesso ao comboio".

O xeque al-Hijri, uma figura respeitada entre os drusos, vem sendo criticado pelas autoridades por ter solicitado proteção internacional e apoio ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. Israel, que abriga uma minoria drusa, manifestou preocupação em proteger essa comunidade na Síria.

Em uma declaração recente, o dignitário religioso expressou que "toda a ajuda que chegue à província de Sweida por meio de organizações e partidos internacionais é bem-vinda".

A violência, que começou em 13 de julho, opõe combatentes drusos a beduínos e, até a intervenção de forças governamentais e grupos tribais, resultou em mais de 1000 mortes, conforme relata o OSDH. Os hospitais em Sweida estão sobrecarregados, com a morgue cheia e corpos encontrados fora do edifício.

A comunidade drusa, com uma fé que possui raízes nas tradições abraâmicas e elementos do judaísmo e cristianismo, enfrenta grandes desafios em meio ao conflito.

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