Conflitos na Síria: Mortos sobem para 940 em confrontos intercomunitários
A província de Sweida, de maioria drusa, é palco de violências que já provocaram 940 mortes, incluindo civis e militares, com intervenções internacionais a intensificar a crise.

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), os confrontos intercomunitários na província de Sweida, no sul da Síria, resultaram na morte de pelo menos 940 indivíduos. Deste total, 588 pertencem à comunidade drusa, incluindo 326 combatentes e 262 civis. Alarmantemente, 182 pessoas foram "executadas sumariamente por elementos das forças de segurança do governo".
Os conflitos, que se iniciaram no passado domingo entre combatentes drusos e grupos beduínos, resultaram também em 312 óbitos de membros das forças governamentais e 21 beduínos sunitas, dos quais três civis foram "executados sumariamente" por combatentes da comunidade drusa.
Além disso, 15 soldados das forças do governo foram mortos em ataques atribuídos a Israel, que, em apoio aos drusos, bombardeou alvos de tropas do governo em Sweida e até a sede do Ministério da Defesa em Damasco, sinalizando uma escalada da intervenção internacional.
Em resposta à crescente violência, a Presidência síria proclamou um "cessar-fogo imediato" e instou todas as partes a respeitá-lo integralmente. O governo do Presidente Ahmad al-Charaa também anunciou o deslocamento das suas forças para a província de Sweida após um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.
Um comunicado adicional do enviado dos EUA para a Síria, Tom Barrack, revelou que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelita, e Al-Charaa concordaram em que a situação deveria ser desescalada.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que cerca de 80.000 pessoas foram deslocadas devido aos conflitos, sublinhando a gravidade da crise humanitária em curso na região.