Mariana Leitão desafia Chega, denunciando-o como "socialismo encoberto à direita"
A única candidata à liderança da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, propõe um partido mais ideológico e crítico do Chega, que considera uma forma de socialismo disfarçado.

Na sua intervenção inaugural durante a X convenção nacional da Iniciativa Liberal (IL), que teve lugar em Alcobaça, Leiria, Mariana Leitão manifestou a sua visão de um partido revitalizado, mais ideológico e resoluto na sua luta contra o Chega, que caracterizou como “um socialismo encoberto à direita”.
Leitão reconheceu que a IL não está em posição de ser parte de uma futura solução governativa, enfatizando a necessidade de se assumir como a “consciência liberal” dentro do actual sistema político. “É tempo de reverter o imobilismo que tem caracterizado a direita. O Chega, na verdade, não é mais do que uma nova variante do socialismo; não promove a soberania dos indivíduos nem a necessária reforma que Portugal precisa. Eles são coletivistas, estatistas e paternalistas”, afirmou.
A candidata reiterou a esperança de que a convenção nacional demonstre a determinação da IL em emergir como uma verdadeira alternativa ao autoritarismo e à estagnação política, condenando o Chega por depender do Estado como qualquer outro partido, mas apenas para servir os seus interesses.
“A sua proposta política pouco se distingue da governação desastrosa que nos trouxe até aqui. Mais cedo ou mais tarde, todos reconhecerão isso”, sublinhou. Ao criticar o Governo PSD/CDS-PP, Mariana Leitão declarou que a mera menção de reformas não é suficiente para conquistar o apoio dos liberais.