Moçambique regista sete novos casos de mpox e 36 suspeitas
Autoridades de saúde moçambicanas reportam aumento de casos positivos de mpox para 13, todos na província de Niassa. Situação sob vigilância com 15 indivíduos em isolamento.

Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde em Moçambique confirmaram mais sete casos de mpox, totalizando assim 13 diagnósticos positivos, todos localizados na província de Niassa. O mesmo relatório indicou a presença de 36 casos suspeitos e 15 indivíduos em isolamento.
Os novos casos foram registados no distrito de Lago, onde as autoridades afirmam que não houve novos suspeitos durante o mesmo intervalo. O último boletim, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública, não reportou qualquer óbito relacionado a este surto.
Segundo o governo, a origem dos casos confirmados em Moçambique está relacionada a deslocações provenientes do Maláui, país vizinho, onde um surto já afectou cerca de 50 pessoas. O porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, confirmou que as autoridades têm a situação “sob controlo” e tomaram medidas preventivas para evitar a disseminação da doença para outras regiões do país.
“Os cidadãos que foram diagnosticados foram colocados em quarentena para garantir que não haja propagação da doença. O sector da saúde está a acompanhar de perto a situação e a assegurar que, a partir do distrito de Lago, não ocorram novas infecções em moçambicanos”, afirmou Impissa.
O Ministério da Saúde informou que os pacientes actualmente diagnosticados estão clinicamente estáveis e em isolamento domiciliar, com supervisão regular por parte das autoridades sanitárias.
Estes são os primeiros casos da doença no surto atual, que afecta diversos países da região africana. De acordo com dados recentes, entre 1 de janeiro e 8 de julho, foram reportados 77.458 casos de mpox em 22 países, resultando em 501 mortes.
A doença foi identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo, e a Organização Mundial da Saúde declarou em agosto de 2024 a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional devido ao aumento de casos e óbitos na região.