Política

"PCP reclama atenção de Marcelo sobre crise em Portugal"

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, manifestou descontentamento com a atuação do Governo e solicitou uma audiência com o Presidente da República para discutir a grave situação do país.

há 4 horas
"PCP reclama atenção de Marcelo sobre crise em Portugal"

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP), Paulo Raimundo, expressou hoje a sua insatisfação em relação às prioridades do Governo, particularmente quando se observa o agravamento de problemas na área da saúde. Em declarações aos jornalistas, à margem de um evento da Juventude Comunista Portuguesa na Amora, Raimundo revelou que pediu uma audiência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para discutir a realidade do país, que caracterizou como "preso por arames".

"Recentemente, tivemos o debate do Estado da Nação e foi evidente a situação difícil em que nos encontramos," afirmou. Entre os temas a abordar na audiência, destaca-se a questão da saúde, com Raimundo a sublinhar o facto de existirem atualmente sete urgências hospitalares encerradas, enquanto o Governo avançou prioritariamente com a lei da nacionalidade.

"A nossa prioridade deve ser a saúde e não as leis que desvirtuam a questão dos estrangeiros," disse Raimundo. Sobre a nova Unidade de Coordenação para Emergências Hospitalares, o líder comunista considerou importante, mas salientou que o problema real reside na falta de profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, e não apenas na coordenação dos serviços.

Raimundo também criticou a gestão do Novo Banco, afirmando que o país perdeu 6.300 milhões de euros com esta venda, enquanto os 3.000 milhões utilizados na TAP têm recebido mais atenção mediática. Para o PCP, esta venda é um "crime em andamento".

No evento da Juventude Comunista, que contou com a presença de 150 a 200 jovens, muitos partilharam as suas preocupações sobre a realidade que enfrentam. Um jovem destacou as dificuldades em organizar reuniões na escola, enquanto outros expressaram a sua frustração com o mercado de trabalho. Um dos jovens enfatizou que a maioria quer paz, não guerra.

Para Raimundo, é crucial que os jovens se mobilizem e lutem por um sistema mais justo. Ele alertou para as tentativas de desmotivação por parte dos atuais líderes políticos, afirmando que há necessidade de criar uma sociedade ativa e participativa, onde todos têm voz.

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