Bombardeamento israelita no Líbano resulta em três mortos, entre eles um comandante do Hamas

O Líbano denunciou um ataque aéreo israelita que ocorreu nas proximidades de Tripoli, fazendo três vítimas fatais. O Exército israelita confirmou que uma das vítimas era Mehran Mustafa Baajur, um importante comandante do Hamas no Líbano, e anunciou que este foi o primeiro ataque a um líder do grupo na região desde a trégua com o Hezbollah.

O ataque acontece em um contexto de negociações indiretas de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, mediadas no Qatar. Coincidentemente, o dia foi marcado como um dos mais letais para as forças israelitas em solo palestiniano, com a morte de cinco soldados em confrontos em Gaza.

Além do ataque em Tripoli, um segundo bombardeamento realizado por Israel no final do dia resultou na morte de uma pessoa no sul do Líbano, onde um drone atacou um veículo na localidade de Babliyeh, de acordo com informações do Ministério da Saúde do Líbano.

Apesar da trégua assinada em novembro com o Hezbollah, Israel tem continuado a bombardear o Líbano, alegando que os alvos principais são combatentes do Hezbollah, mas ocasionalmente também atingindo membros do Hamas. O Exército israelita reafirmou que irá continuar a atacar quaisquer presenças do Hamas no Líbano.

O ataque em Tripoli deixou também vários feridos, confirmando a escalada da tensão na região, especialmente entre os dois movimentos. O Hamas, que tem realizado ataques contra Israel a partir do sul do Líbano há mais de um ano, voltou a responsabilizar-se pelos confrontos.

As forças israelitas têm intensificado as suas operações, tendo já atacado membros do Hamas em diversas ocasiões, mesmo após a trégua. O alarmante número de vítimas desde o início do cessar-fogo, que se aproxima das 250 mortes e mais de 600 feridos, ressalta a fragilidade da situação no Líbano, segundo relatos da Al-Jazeera.

Os líderes do Líbano têm apelado ao respeito pela trégua e manifestado a intenção de controlar a posse de armamento no país, em meio a um cenário de crescente tensão e violência. A presença do Hezbollah neste contexto de conflito contra Israel, junto com outros grupos regionalmente considerados extremistas, continua a ser um fator determinante nas hostilidades.