BRICS Critica Ataques Militares ao Irão e Destaca Tensão no Médio Oriente
Líderes dos BRICS expressaram hoje a sua condenação aos ataques militares ao Irão e manifestaram sérias preocupações sobre a crescente insegurança na região do Médio Oriente.

Os líderes do grupo BRICS se reuniram hoje e emitiram uma declaração firme contra os ataques militares à República Islâmica do Irão a partir de 13 de junho de 2025, considerando-os uma infração ao direito internacional e à Carta das Nações Unidas. A declaração sublinha a inquietação com a escalada da situação de segurança no Médio Oriente.
Na sua comunicação, os chefes de Estado e de Governo, que representam países como Brasil, China, Rússia e Índia, não mencionaram explicitamente os Estados Unidos e Israel, mas expressaram preocupação com os ataques direcionados a infraestruturas civis e a instalações nucleares pacíficas, protegidas por salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Estas ações são vistas como uma violação das normas internacionais e das resoluções da AIEA.
Os membros dos BRICS enfatizaram que as normas de salvaguarda e segurança nuclear devem ser respeitadas mesmo durante conflitos armados, para garantir a proteção das populações e do ambiente.
A declaração surge em resposta ao recente conflito iniciado por Israel contra o Irão, que contou com o apoio dos Estados Unidos através de bombardeamentos a três instalações nucleares iranianas.
Na cimeira anual dos BRICS, realizada no Rio de Janeiro, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, liderou a delegação do seu país, que se tornou membro do grupo em 2024.
O encontro, presidido pelo líder brasileiro Lula da Silva, ocorria na ausência de presidentes como o russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping, e contou com a participação de mais de 30 países e várias organizações internacionais.
Originalmente constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o BRICS expandiu-se recentemente para incluir seis novos membros: Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Arábia Saudita e Indonésia, além de vários países associados.