Camiões com ajuda médica vão entrar na Faixa de Gaza em meio a crise humanitária

Hoje, vários camiões carregados com medicamentos e material médico da Organização Mundial da Saúde (OMS) entrarão na Faixa de Gaza, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde do território. A entidade fez um apelo à população local para que se protejam os carregamentos e se assegure que cheguem aos hospitais.

Segundo o comunicado do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, “os artigos que devem chegar são de grande importância para a continuidade da assistência médica aos feridos e doentes, representando uma esperança de salvar vidas”.

Esta entrega de material médico e reservas de sangue para transfusões marca a segunda vez que ajuda humanitária entra na região desde março, após o bloqueio humanitário impostos por Israel, que ocorreu após o colapso do cessar-fogo em janeiro.

A escassez de recursos médicos e de combustível está a colocar o sistema de saúde de Gaza em situação crítica, conforme relatado por várias organizações internacionais e autoridades locais. Apesar de um alívio parcial nas restrições de entrada de mantimentos em maio por parte de Israel, a situação permanece alarmante.

Desde junho, todos os hospitais na região norte da Faixa de Gaza estão encerrados devido aos intensos bombardeamentos israelitas e à evacuação forçada da população. O Crescente Vermelho Palestiniano anunciou que uma das suas clínicas na Cidade de Gaza, situada no bairro de Zeitun, fechou devido aos ataques na área, “o que coloca em grave perigo a segurança das equipas médicas e dos doentes”.

O grupo alertou que “com o encerramento da clínica, milhares de civis terão de percorrer longas distâncias para receber cuidados médicos ou vacinas para os seus filhos”. Desde o início das hostilidades em outubro de 2023, a pressão sobre o sistema de saúde tem aumentado drasticamente, levando ao encerramento de 18 clínicas do Crescente Vermelho no enclave.

A guerra entre Israel e o Hamas começou no dia 7 de outubro de 2023, com o ataque do movimento palestiniano a Israel, resultando em mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados. Em resposta, Israel invadiu a Faixa de Gaza, onde já se contabilizam mais de 57 mil palestinianos mortos e milhares feridos devido aos bombardeamentos.