Candidatos à Câmara da Guarda: Um Independente e Quatro Partidos em Confronto
A Câmara da Guarda será palco de um aceso embate nas autárquicas de 12 de outubro, com a presença de quatro partidos e um independente. Sérgio Costa, atual presidente, lidera a corrida.

No dia 12 de outubro, a Câmara da Guarda verá a disputa de quatro partidos, além de um candidato independente. Até ao momento, os nomes oficializados incluem António Monteirinho (PS), João Prata (PSD), José Pedro Branquinho (CDU) e Luís Soares (Chega).
Sérgio Costa, que se destacou ao conquistar a presidência da Câmara há quatro anos, irá concorrer novamente como independente, após falhadas as tentativas de obter apoio de partidos como o PSD, Chega ou CDS. O autarca, de 49 anos e engenheiro mecânico de profissão, já fez arder cartazes pela cidade, embora ainda não tenha formalizado a sua recandidatura. Ele afirma que “ainda não é tempo” para discutir as autárquicas.
Um dos seus principais concorrentes é João Prata, um socialista de 62 anos com vasta experiência, já que tem estado na liderança de juntas de freguesia há mais de três décadas e já foi deputado na Assembleia da República em três legislaturas distintas. O seu objetivo é trazer de volta para o PSD uma Câmara que perderam para Costa há quatro anos.
António Monteirinho, com 55 anos e também ex-deputado, foi o primeiro candidato oficializado, reiterando a necessidade de "uma gestão pública inovadora, inclusiva e próxima das necessidades de todos".
A CDU, que há quatro anos não alcançou representação na autarquia, apresenta José Pedro Branquinho, um sindicalista de 60 anos, que se propõe ajudar a revitalizar a Assembleia Municipal.
Por sua vez, o Chega optou por Luís Soares, um engenheiro civil aposentado, que pretende mobilizar as votações para contrariar a estagnação do concelho, que persiste há mais de 50 anos.
Atualmente, o movimento independente 'Pela Guarda' governa com uma maioria relativa na Câmara, mantendo a mesma quantidade de vereadores que o PSD, enquanto o PS conta com um.
O panorama das últimas autárquicas foi competitivo, com o PG a somar 36,2% dos votos, seguido pelo PSD com 33,6% e o PS com 17,9%.
A Guarda, com uma área de 712,11 quilómetros quadrados e uma população de 40.046 habitantes, tem como base de economia o setor serviços, com preponderância da Unidade Local de Saúde, Instituto Politécnico e a própria Câmara. O setor industrial de componentes para automóveis, representado pela Coficab, e a crescente logística, devido à localização estratégica das autoestradas e linhas ferroviárias, também têm um papel importante.
Recentemente, a cidade viu o arranque das obras para o primeiro Porto Seco de Portugal, no terminal ferroviário de mercadorias, gerido pela APDL, que se espera ter um impacto significativo na economia local.