Carlos Silva assume presidência da FPT com foco na inovação e valorização do setor
O novo líder da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Silva, compromete-se a reforçar a representatividade do setor, implementar inovações e melhorar as condições laborais dos profissionais.

Na cerimónia de tomada de posse, Carlos Silva destacou a continuidade do trabalho realizado pela antiga direção da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), liderada por Carlos Ramos, enfatizando o compromisso de "honrar e dar seguimento" ao legado do antecessor.
Vincando a sua profunda ligação ao setor, que remonta à sua infância como filho de um motorista de táxi e fundador da Autocoope - Cooperativa de Táxis de Lisboa, Silva partilhou que, desde muito jovem, se integrou na indústria, desempenhando diversas funções administrativas e atuando também como motorista.
Os objetivos estratégicos para o mandato de 2025 a 2029 incluem a promoção da representatividade e proximidade com os profissionais do setor, através de uma "escuta ativa" e reuniões descentralizadas.
A modernização e inovação da frota serão ativadas pela incorporação de novas tecnologias e veículos adaptados, enquanto a sustentabilidade será valorizada com a descarbonização da frota e a adoção de práticas ecológicas.
Silva sublinhou a importância de valorizar a profissão com "formação contínua, renovação geracional e melhoria das condições laborais", e reforçar a presença institucional junto de entidades reguladoras e europeias, enquanto se perspetiva uma "justiça regulatória" com o combate ao transporte ilegal e revisão da legislação dos TVDE.
O novo presidente também defende a integração do táxi no sistema de transporte público, especialmente em áreas com baixa cobertura.
“O setor do táxi é um serviço público essencial que enfrenta desafios importantes, como a concorrência desleal e as novas exigências da mobilidade urbana. A valorização da profissão, a sustentabilidade ambiental e a justiça regulatória são prioridade no atual panorama,” afirmou Silva.
No seu discurso, o líder propôs a modernização da frota com veículos sustentáveis, uma revisão tarifária alinhada com os custos reais de operação, e fiscalização rigorosa das atividades dos TVDE e operadores turísticos, além de melhorias nas infraestruturas das praças de táxi.
Silva apelou à colaboração de todos os profissionais do setor, reforçando que juntos podem "construir uma federação mais forte, respeitada e preparada para o futuro".
A mensagem central que deixou foi de esperança, união e ação, exclamando que "o nosso tempo é agora! Pelo táxi! Com todos e para todos".
Antes de assumir a presidência da FPT, Carlos Silva já tinha integrado os órgãos sociais da federação como representante da Autocoope, onde, como presidente da cooperativa, se preparou para a candidatura ao cargo agora obtido.