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"Sobrevivente recorda momentos de terror durante tiroteio em Nova Iorque"

Uma funcionária de limpeza relata o pânico vivido durante o ataque que vitimou cinco pessoas em um arranha-céus de Nova Iorque, enquanto as investigações continuam.

01/08/2025 17:05
"Sobrevivente recorda momentos de terror durante tiroteio em Nova Iorque"

Sebije Nelovic, uma trabalhadora de limpeza de 65 anos, partilhou a angustiante experiência que viveu no arranha-céus de Nova Iorque, onde um tiroteio ocorreu na segunda-feira. O incidente, que resultou na morte de cinco pessoas, incluindo o atirador, deixou marcas profundas na funcionária, que se refugiou durante mais de duas horas após ser confrontada com a arma de Shane Devon Tamura, um homem de 27 anos.

Com 27 anos de serviço naquela estrutura, Sebije estava no 33.º andar quando ouviu os disparos. “Decidi verificar o que estava a acontecer quando a porta de vidro começou a tremer e, então, ele apareceu com a arma apontada para mim”, lembrou. Em estado de pânico, levantou as mãos e identificou-se como empregada de limpeza.

Após escapar para uma arrecadação, trancou-se e começou a rezar pelo seu safety. “Ele disparou contra a porta e eu sentia um medo avassalador”, confessou. Apesar da tentação de avisar o seu supervisor, decidiu desligar o telemóvel para não fazer barulho.

Mais tarde, ao chegar a casa e ver as notícias, Sebije lembrou-se de Julia Hyman, uma colega que também estava no escritório e que, tristemente, se tornou uma das vítimas do ataque.

Shane Devon Tamura, o perpetrador, foi encontrado com um bilhete suicida a afirmar que sofria de encefalopatia traumática crónica (ETC), uma condição frequentemente associada a traumatismos cranianos em jogadores de futebol americano. As autoridades continuam a investigar as razões por trás deste trágico evento, que também custou a vida a Didarul Islam, um polícia imigrante do Bangladesh, cuja esposa aguarda o seu terceiro filho.

A carta deixada por Tamura fazia referência ao caso do jogador Terry Long, que também sofreu de ETC e cometeu suicídio. “Peço que estudem o meu cérebro e, por favor, digam ao Rick que lamento tudo”, escrevia o jovem, refletindo a dor que sentia.

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