Coligação PS/Livre em Sintra Foca na Defesa da Liberdade e da Democracia
Ana Mendes Godinho apresenta-se como candidata à Câmara de Sintra, destacando a união dos partidos contra o populismo e a divisão, num momento crucial da política local.

A candidatura de Ana Mendes Godinho, antiga ministra e agora candidata à presidência da Câmara Municipal de Sintra, foi oficialmente apresentada hoje numa escola básica em Algueirão-Mem Martins, com o apoio da coligação PS/Livre. O evento contou com a presença do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e do co-porta-voz do Livre, Rui Tavares.
Durante a sua intervenção, Ana Mendes Godinho criticou o crescente apoio ao Chega, que se destacou como a força mais votada nas legislativas de maio. "A nossa candidatura é uma proposta contra a política do medo e da divisão", afirmou. A antiga ministra salientou que "não toleraremos que a diversidade de Sintra seja vista como uma ameaça".
Godinho também frisou que o seu projeto não é uma oposição a terceiros, mas sim uma proposta inclusiva que visa "responder às necessidades da população com responsabilidade, trabalho e coragem".
José Luís Carneiro, por sua vez, defendeu que "a força da democracia deve prevalecer sobre a demagogia e o populismo", reforçando o compromisso do PS em manter a saúde do projeto autárquico em Sintra.
Rui Tavares, do Livre, reiterou que "a liberdade é um valor fundamental em nome do qual nos apresentamos".
O atual presidente da Câmara, Basílio Horta, que não pode concorrer novamente por limite de mandatos, alertou para o ascenso da extrema-direita, mencionando que "o Chega representa um retrocesso que compromete as liberdades individuais". Ele chamou os cidadãos a mobilizarem-se contra essa ameaça, destacando que "quem defende a democracia não pode apoiar o Chega".
A Câmara Municipal de Sintra, que atualmente é liderada pelo PS, obteve cinco mandatos nas últimas eleições, enquanto a coligação de Ricardo Baptista Leite do PSD conquistou quatro. Além do Chega, já se conhecem outros candidatos, incluindo Marco Almeida (PSD/IL), Maurício Rodrigues (CDS-PP), e Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV).