Política

Demolições Controversas no Bairro do Talude Militar em Loures

Joacine Katar Moreira critica a Câmara Municipal de Loures pela demolição de casas autoconstruídas no Talude Militar, após confrontos com moradores e polícia.

há 3 horas
Demolições Controversas no Bairro do Talude Militar em Loures

A historiadora e ex-deputada Joacine Katar Moreira expressou a sua indignação esta segunda-feira contra a Câmara Municipal de Loures, liderada por Ricardo Leão, a quem chamou de "vergonha" pelas demolições de habitações autoconstruídas no Bairro do Talude Militar.

Em uma publicação na rede social X (anteriormente Twitter), Joacine começou por alertar sobre a situação das famílias afetadas: "Em direto a demolição da habitação das pessoas, muitas sem alternativas. Como podem deixar as pessoas ao relento?"

As demolições começaram ao meio-dia, com a polícia a intervir para remover os moradores que tentavam impedir a operação. A PSP mobilizou uma Equipa de Intervenção Rápida, e alguns moradores enfrentaram a força policial, resultando na remoção forçada.

Paula Magalhães, vereadora da Câmara de Loures responsável pela Polícia Municipal, assumiu que foram demolidas 64 casas, onde residem 161 pessoas, e detalhou que a operação foram coordenadas pela autarquia. Ela afirmou: "A Câmara Municipal de Loures não permitirá a construção e a continuidade da construção desta realidade que são as barracas no concelho de Loures."

A vereadora garantiu que os moradores foram notificados dentro do prazo legal de 48 horas, mas a notificação ocorreu durante o fim de semana, o que impediu que pudessem acionar a justiça atempadamente. Em resposta, ela enfatizou que esse tempo foi concedido para que os residentes pudessem retirar os seus pertences antes das demolições.

Em declarações à agência Lusa, Ana Ricardo, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, esclareceu que a sua presença visava manter a ordem pública, referindo que houve resistência inicial dos moradores, sendo necessário dispersá-los para permitir a continuidade do processo.

Apesar do clima de tensão, a vereadora não anunciou a disponibilidade do presidente da Câmara para se reunir com os moradores antes das demolições, justificando que não via necessidade para tal. Além disso, mencionou que a autarquia já havia demolido cerca de 55 barracas nos últimos meses e planeia realizar mais operações semelhantes.

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