Desmantelada rede de tráfico de canábis no Alentejo com apreensão de 2.200 quilos

A Polícia Judiciária (PJ) conseguiu desmantelar uma unidade de produção de canábis no Alentejo, onde foram apreendidos cerca de 2.200 quilos de folhas de canábis sativa, supostamente destinadas à produção de canábis medicinal.

Segundo um comunicado da PJ, a operação foi realizada como parte do cumprimento de mandados de busca não domiciliários, e já tinha levado à detenção de quatro indivíduos no mês de junho, todos com fortes indícios de envolvimento em tráfico de estupefacientes.

A investigação revelou que as instalações apreendidas eram utilizadas para a produção e fornecimento de grandes quantidades de canábis a grupos criminosos que a distribuíam no mercado ilegal. Além dos produtos estupefacientes encontrados, embalados em caixas e sacos, foram também confiscadas as plantas "mãe" que, cultivadas em estufa, asseguravam uma produção contínua.

A PJ confirmou que a investigação vai continuar para entender a amplitude deste fenómeno criminal, com um inquérito sob a alçada do DIAP de Faro.

Além disso, quatro cidadãos estrangeiros, três homens e uma mulher, foram detidos na zona de Lagoa e Grândola, em consequência de desvios semelhantes. Eles estavam na posse de 20 quilogramas de haxixe em várias formas, incluindo planta, pólen e resina, além de cristais de MDMA, 20 mil euros em dinheiro e vários utensílios relacionados com o tráfico.

Numa outra operação, a PJ deteve também dois homens de nacionalidade estrangeira em Mação, no âmbito da operação Ortiga, onde foram apreendidos cerca de dois mil quilos de canábis, fruto de uma investigação a um grupo criminoso dedicado à introdução de grandes quantidades da droga em mercados europeus e africanos. Os detidos já foram apresentados à autoridade judicial.