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Detenção em Leiria após incêndio provocado por queima de resíduos

Um homem foi detido em Leiria por incêndio florestal originado por uma queima descontrolada, numa altura em que o país enfrenta elevado risco de incêndios.

06/08/2025 17:10
Detenção em Leiria após incêndio provocado por queima de resíduos

Na última terça-feira, um indivíduo foi preso em Leiria, em flagrante delito, sob a acusação de incêndio florestal, conforme reportado pela Guarda Nacional Republicana (GNR).

O incêndio teve início na freguesia de Caranguejeira e surgiu de uma queima de resíduos que se tornou incontrolável, de acordo com a GNR.

Após a detenção do suspeito, os incidentes foram comunicados ao Tribunal Judicial de Leiria.

A GNR reafirmou a sua vigilância contínua na luta contra incêndios rurais, destacando a importância da responsabilização criminal dos autores, bem como a proteção de pessoas e do património natural.

A autoridade salientou que a segurança das pessoas e bens em situações de incêndios rurais é uma das suas principais prioridades, sustentada por ações preventivas e um aumento do patrulhamento nas áreas florestais.

Adicionalmente, é importante recordar que Portugal continental está a enfrentar um estado de alerta devido ao elevado risco de incêndios, que se manterá até a noite de quinta-feira, 7 de agosto.

A Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou que esta decisão foi tomada face ao agravamento das condições meteorológicas que indicam um risco significativo para incêndios.

Até ao momento, em 2024, os incêndios florestais pelo país já devastaram quase 42 mil hectares, um número oito vezes superior ao do mesmo período de 2023, sendo este o registo mais alarmante desde 2022, conforme o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).

Os dados do SGIFR, cuja gestão está sob a responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), apontam para 5.211 incêndios desde o início do ano, resultando em 41.644 hectares ardidos.

Nota-se que 72% da área ardida e 53% dos incêndios foram concentrados na região Norte, onde a atividade incendiária tem sido mais intensa, especialmente nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real e Porto.

Desde 26 de julho, mais de metade da área foi dizimada pelas chamas.

Comparativamente a 2023, o número de incêndios quase duplicou este ano, e a área ardida é oito vezes maior. Em 2023, até 5 de agosto, arderam 4.671 hectares, enquanto que este ano, o total já ascendeu a 41.644 hectares.

É relevante mencionar que o total da área ardida em 2023 foi de 147.000 hectares, dos quais 135.000 foram consumidos em apenas seis dias, durante os incêndios de setembro.

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