Drones Ucranianos Provocam Turbulência nos Aeroportos da Rússia
O uso de drones por parte da Ucrânia resultou no cancelamento e adiamento de milhares de voos em aeroportos russos, com consequências diretas para os passageiros.

Drones ucranianos intensificaram a instabilidade nos aeroportos da Rússia, em particular nas cidades de Moscovo e São Petersburgo. Nos últimos três dias, foram cancelados cerca de 485 voos e 2.000 voos sofreram atrasos devido a preocupações de segurança, conforme noticiado pela agência de transporte aéreo Rosaviatsia.
A crise levou à demissão do ministro dos Transportes russo, Roman Starovoit, sendo substituído interinamente por Andrei Nikitin, até aqui vice-ministro da mesma pasta. Apesar dos esforços para normalizar a situação, os atrasos continuam a persistir, com dezenas de voos ainda por realizar. No Aeroporto de Sheremetyevo, em Moscovo, e no Aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, milhares de passageiros estão presos, alguns esperando até mais de 24 horas por uma solução, numa fase em que a época estival já se inicia.
Consequentemente, a demanda por bilhetes de comboio de alta velocidade entre as duas importantes cidades russas, que estão separadas por mais de 600 quilómetros, esgotou rapidamente. Além disso, as infraestruturas ferroviárias também foram alvo de ataques ucranianos, incluindo atos de sabotagem e explosões.
O Ministério da Defesa da Rússia revelou que, na madrugada de hoje, as suas defesas aéreas abateram 91 drones provenientes da Ucrânia, dos quais oito estavam alegadamente em rota para Moscovo. No último domingo, a Ucrânia lançou um ataque com mais de 200 drones de asa fixa, tanto de noite como de dia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou recentemente parcerias com os Estados Unidos e a Dinamarca para aumentar a produção de drones com o objetivo de atingir infraestruturas estratégicas na Rússia. A resposta da Rússia foi um intensificar dos bombardeamentos, especialmente após a 'Operação Teia de Aranha' da Ucrânia, que ocorreu em 1 de junho. Desde então, a Rússia lançou um dos seus maiores ataques combinados de drones e mísseis durante a quinta e a sexta-feira.
Este último ataque teve lugar após uma conversa telefónica entre Vladimir Putin e o presidente norte-americano, Donald Trump, que expressou desapontamento pela intransigência do Kremlin em pôr fim às hostilidades.