EUA desaprovam recompensas de Hong Kong por detenção de ativistas
Washington criticou as recompensas divulgadas por Hong Kong para capturar ativistas pró-democracia que residem nos EUA, reafirmando a defesa da liberdade de expressão.

A administração dos Estados Unidos expressou hoje a sua desaprovação face às recompensas que as autoridades de Hong Kong estão a oferecer por informações que levem à detenção de 19 ativistas pró-democracia que vivem no exterior. Este aviso foi feito através de um comunicado emitido pelo secretário de Estado norte-americano.
Marco Rubio sublinhou que "não vamos permitir que o Governo de Hong Kong tente aplicar as suas leis de segurança nacional para silenciar ou intimidar cidadãos norte-americanos ou qualquer indivíduo que resida nos Estados Unidos."
As autoridades de Hong Kong, na passada sexta-feira, anunciaram a iniciativa que visa punir aqueles que supostamente violaram a lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020. Este é já o quarto caso de recompensas que geram grande controvérsia e críticas por parte de países ocidentais, que consideram tais ações como uma forma de ingerência.
Rubio condenou esta "nova fase de mandados de captura e recompensas", alertando que "isto continua a minar a autonomia que Pequim prometeu a Hong Kong." O secretário de Estado finalizou, referindo a importância fundamental da liberdade de expressão e do discurso político, que são valores centrais da sociedade norte-americana.