Faleceu o ilustre escritor e poeta açoriano Álamo de Oliveira aos 80 anos
O talentoso escritor e dramaturgo açoriano Álamo de Oliveira, natural da ilha Terceira, partiu hoje, deixando um legado importante na literatura portuguesa.

Álamo de Oliveira, reconhecido como uma das vozes mais autênticas da cultura açoriana, faleceu hoje aos 80 anos. Nascido na freguesia do Raminho, na ilha Terceira, o autor iniciou a sua formação no Seminário de Angra do Heroísmo, onde o seu talento começou a despontar.
Entre as suas obras mais notáveis encontra-se o romance 'Já não gosto de chocolates', traduzido e publicado em países como os Estados Unidos e o Japão. Além disso, a obra 'Até hoje, memórias de cão' conquistou o prémio Maré Viva, atribuído pela Câmara Municipal do Seixal, em 1985. O seu trabalho 'Solidão da Casa do Regalo' recebeu o prémio Almeida Garrett em 1999.
O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, sublinhou a importância de Álamo Oliveira para a cultura da região, afirmando que a sua partida deixa a sociedade "mais pobre". Ressaltou: "Partiu um homem que, ao longo da sua vida, foi uma das vozes mais autênticas da alma açoriana. Um criador generoso, profundamente ligado às raízes das nossas ilhas e às suas gentes".
Álamo Oliveira é autor de cerca de 40 publicações que englobam poesia, romances, peças de teatro e ensaios. Bolieiro enfatizou que "ficam as ideias, as perguntas, os palcos por onde passou, os leitores que tocou e os jovens que inspirou."
Foi também agraciado com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento pelo Governo dos Açores e com o título de Comendador da Ordem do Mérito pela Presidência da República.