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Fuga em Alcoentre: Ministra revela insuficiência de guardas na prisão

Ministra da Justiça destaca que, com 400 reclusos, apenas 17 guardas estavam de serviço durante a recente fuga em Alcoentre, enquanto 30 estão em baixa médica.

há 3 horas
Fuga em Alcoentre: Ministra revela insuficiência de guardas na prisão

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, afirmou esta quarta-feira que, no dia em que ocorreu a fuga de dois reclusos do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, apenas 17 guardas estavam de serviço para controlar cerca de 400 detidos. Esta situação deve-se à greve dos guardas prisionais e ao elevado número de 30 guardas em baixa médica naquela unidade.

A ministra explicou que os 17 guardas presentes atuavam de acordo com os serviços mínimos estabelecidos, sublinhando que, devido à greve, a presença de efectivos estava aquém do desejável. "A partir de um determinado momento, os reclusos são recolhidos às suas celas, o que altera a exigência exercida sobre os guardas”, indicou Rita Júdice.

Importa notar que, durante o incidente, não havia um guarda na torre de vigilância e o sistema de CCTV associado a essa ala não estava a ser monitorizado, o que facilitou a fuga. A ministra elogiou, no entanto, a pronta resposta das forças de segurança que rapidamente capturaram os fugitivos.

Relativamente à greve dos guardas, Rita Júdice afirmou que é um direito legítimo, mas assegurou que o Governo está comprometido em melhorar as condições de trabalho desse corpo, com medidas como a revisão de carreiras e a equiparação salarial à PSP.

Para recordar, na segunda-feira à noite, Hélder Angélico, de 37 anos, e Augusto Dinis, de 44 anos, conseguiram escapar após o jantar. A fuga, que aparenta ter sido premeditada, ocorreu às 18h20 e os indivíduos foram recapturados na manhã seguinte pela GNR, após uma denúncia recebida pelas 03h00.

Os dois reclusos, agora detidos no posto da GNR em Aveiras, estavam a cumprir penas por roubo e tráfico de droga, respetivamente.

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