Economia

Greve de controladores aéreos em França provoca cancelamento massivo de voos em Paris

A greve dos controladores aéreos franceses resultou no cancelamento de 40% dos voos em Paris, afetando dezenas de milhares de passageiros durante a época alta de viagens.

04/07/2025 07:30
Greve de controladores aéreos em França provoca cancelamento massivo de voos em Paris

Os aeroportos de Paris enfrentaram severas perturbações esta quinta-feira, com o impacto da greve dos controladores aéreos a intensificar-se ao longo do dia. A autoridade francesa da aviação civil implementou medidas drásticas, pedindo às companhias aéreas que cancelassem 40% dos voos nos aeroportos Charles de Gaulle, Orly e Beauvais. A situação é ainda mais crítica em Nice, onde cerca de 50% dos voos estão parados, e em cidades como Marselha e Lyon, onde o cancelamento atinge os 30%.

Embora alguns voos tenham sido cancelados de forma preventiva, a autoridade civil afirmou que é esperado um aumento significativo de atrasos e perturbações em todos os aeroportos de França.

A Ryanair, uma das companhias mais afetadas, anunciou que cancelou mais de 400 voos, prejudicando cerca de 70.000 passageiros. A empresa alertou que a greve impacta todos os seus voos no espaço aéreo francês e pediu à União Europeia que reavaliasse as normas do tráfego aéreo para mitigar futuras crises.

Um dos dois sindicatos que lideram a paralisação, a UNSA-ICNA, manifestou preocupações sobre a escassez de pessoal em face do aumento das viagens e a pressão inflacionária nos salários. Outro sindicato, a Usac-CGT, também se juntou à greve, expressando descontentamento com as ferramentas obsoletas e uma gestão considerada inadequada à segurança e eficiência requeridas no sector.

Estes grupos protestam ainda contra a implementação de novas reformas que visam um controlo mais rígido das operações, incluindo a adoção de um sistema de ponto, motivadas por um incidente de quase colisão no aeroporto de Bordéus no final do ano passado.

Curiosamente, o SNCTA, o principal sindicato de controladores de tráfego aéreo, decidiu não participar na greve.

O ministro francês dos Transportes, Philippe Tabarot, qualificou as ações dos sindicatos como "inaceitáveis", especialmente considerando o momento em que coincide com as férias escolares de verão e as viagens em família.

Por fim, a associação Airlines for Europe, que inclui grandes nomes como a Air France-KLM e a Lufthansa, também se manifestou sobre a greve, chamando-a de "intolerável" e alertando para os seus efeitos perturbadores nos planos de férias de milhares de pessoas.

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