Incêndios em Portugal: 1.880 operacionais combatem 44 focos de chama

Às 21h00, Portugal reportou a presença de 1.880 operacionais em combate a 44 incêndios em território continental, conforme indicações da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Entre os focos de maior preocupação encontram-se os incêndios em Vila Real e Ponte da Barca.

O incêndio em Vila Real, que eclodiu durante a tarde, avançou para Sabrosa com duas frentes ativas, exigindo atenção redobrada especialmente nas aldeias de Anta e Garganta, conforme comunicado do comandante sub-regional do Douro à agência Lusa.

No concelho de Arouca, o fogo encontra-se “dominando”, mas ainda precisa de 216 operacionais e 81 viaturas para assegurar o controlo.

Dentre os muitos fogos que têm afectado o continente desde segunda-feira, destacam-se os nas regiões Norte, Centro e Alentejo, que culminaram na evacuação de várias aldeias. Apesar das dificuldades, não foram registados feridos graves e, até ao momento, não há informações sobre habitações destruídas, embora áreas florestais, agrícolas e pecuárias tenham sido consumidas pelas chamas.

A ministra da Administração Interna anunciou que, devido à previsão de tempo adverso, Portugal entrará em sistema de alerta de domingo até quinta-feira, face ao agravamento do risco de incêndio. A declaração, feita por Maria Lúcia Amaral, entrou em vigor à meia-noite de domingo e prolonga-se até às 23h59 de 7 de agosto.

O secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Paulo Simões Ribeiro, garantiu que os recursos disponíveis para a luta contra incêndios são adequados, embora o elevado número de focos possa dificultar a resposta simultânea em várias localizações.

Os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) indicam que muitos distritos, como Bragança, Guarda e Castelo Branco, estão sob risco máximo de incêndio rural. Esta situação estende-se também a seis concelhos do distrito de Faro: Portimão, Silves, Monchique, Loulé, São Brás de Alportel e Tavira.

A previsão é de que o risco máximo de incêndios persista nas próximas jornadas nas mesmas áreas afetadas.