Israel intercepta míssil proveniente do Iémen após ataques a insurgentes
O exército israelita anunciou a intercetação de um míssil vindo do Iémen, no seguimento de intensos ataques aéreos contra as forças Huthis, que responderam militarmente.
As Forças de Defesa de Israel revelaram hoje, através da rede social X, que um míssil lançado do Iémen foi interceptado, após o acionamento de sirenes de alerta em diversas áreas de Israel.
Na segunda-feira, o exército israelita realizara bombardeamentos sobre o porto de Hodeida e outras zonas sob controlo dos rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão. Estes, por sua vez, reagiram com ataques de mísseis, que também foram intercetados.
O grupo Huthi reivindicou na quarta-feira um ataque ao "MV Eternity C", um navio no mar Vermelho, o que resultou no naufrágio da embarcação e na morte de pelo menos três pessoas. Esta declaração foi feita pelo brigadeiro-general iemenita Yahya Saree, que afirmou que as suas ações visam apoiar os palestinianos em Gaza, indicando que o navio seguia para Eilat, em Israel.
De acordo com a força naval da União Europeia, o cargueiro grego "MV Eternity C" transportava uma tripulação composta por 21 filipinos e um russo, além de três segurança. Mencionou-se que seis tripulantes, cinco filipinos e um indiano, foram resgatados enquanto três faleceram e 19 estão desaparecidos.
Este ataque ao "MV Eternity C" segue-se a um incidente semelhante, onde os rebeldes Huthis tinham já atacado o graneleiro "Magic Seas", que também naufragou. Este navio, de bandeira liberiana, não tinha solicitado proteção antes de atravessar uma rota vital para o comércio global no Mar Vermelho.
A União Europeia, na passada segunda-feira, exigiu o fim dos ataques perpetrados pelos Huthis no Mar Vermelho, qualificando-os de "grave escalada" que põe em perigo a segurança marítima internacional.
Desde o início do conflito na Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, os Huthis, apoiados pelo Irão, têm realizado numerosos ataques contra Israel e à navegação comercial na região, em um ato de solidariedade com o Hamas.
Os Huthis fazem parte do chamado "eixo de resistência" contra Israel, que inclui outros grupos extremistas como o Hamas, a Jihad Islâmica palestiniana e o Hezbollah libanês.