Lula e Modi fortalecem laços Brasil-Índia e desafiam críticas de Trump
O Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi reafirmaram a importância da cooperação entre os dois países e criticaram a imposição de tarifas por parte dos EUA.

Durante uma recente reunião em Brasília, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, destacaram a importância da paz na relação entre as duas nações e abordaram a recente controvérsia com o Presidente norte-americano, Donald Trump. Lula rejeitou as queixas de Trump sobre tarifas adicionais a países do BRICS, sublinhando que "não aceitamos reclamações sobre a reunião dos BRICS" e enfatizando a força das economias emergentes.
O encontro foi uma continuação das discussões iniciadas na última cimeira do BRICS, onde estiveram presentes também outros países como Rússia, China, África do Sul, Irão, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
No seu discurso, Lula também fez apelo por uma reforma nos órgãos multilaterais, afirmando ser "inaceitável" que tanto o Brasil como a Índia não estejam no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Referindo-se à importância das relações bilaterais, Lula afirmou: "Um país diverso como o Brasil tem a obrigação de manter relações com outro país tão diverso quanto a Índia", sublinhando que a Índia, com "1,4 mil milhões de habitantes, é democrático e trabalha pela paz". O fluxo comercial entre os dois países, atualmente cifrado em cerca de 12 mil milhões de dólares, foi considerado por Lula como insuficiente, com o Presidente a enfatizar a ambição de triplicar esse valor num futuro próximo.
Modi, por sua vez, elogiou o potencial do Brasil e da Índia, afirmando que "se trabalharmos juntos, alcançar uma parceria de 20 mil milhões de dólares será uma meta fácil". Ele realçou a cooperação em áreas como a defesa, onde ambos os países têm reforçado a confiança mútua, e na energia renovável e soluções digitais.
Além disso, foram assinados acordos sobre o combate ao terrorismo internacional e crime organizado, bem como memorandos de entendimentos nas áreas de energia renovável e soluções digitais.