Mãe de Mónica Silva exige respostas sobre desaparecimento da filha

A mãe de Mónica Silva, conhecida como a grávida da Murtosa, Celeste Barbosa, manifestou, no início do dia, a sua frustração e dor em relação ao caso que marcou a vida da sua família. Fernando Valente, o homem acusado do homicídio da sua filha, vai hoje conhecer a sentença no tribunal de Aveiro.

Na entrada do tribunal, Celeste falou com os jornalistas e foi clara ao afirmar que não conseguiria perdoar o suspeito pelo crime cometido. "Não perdoaria. Quero saber onde é que ele meteu a minha filha. Ele, o pai e a mãe", disse, acusando ainda os progenitores de Valente de serem cúmplices na morte de Mónica.

Celeste expressou a sua expectativa de que Fernando Valente receba a pena máxima de 25 anos e afirmou que, se o suspeito for absolvido, a sua família irá contestar essa decisão, considerando que “a justiça não vale nada”. A mãe reiterou a determinação de continuar à procura do corpo da filha e manifestou a convicção de que o acusado nunca revelará o que aconteceu, por estar indiscriminadamente ligado aos seus pais.

Na saga judicial, o Ministério Público já havia solicitado a máxima pena, considerando que os elementos apresentados provam a culpabilidade do arguido, que está detido desde novembro de 2023. O caso remonta a 3 de outubro de 2023, quando Mónica Silva, grávida de sete meses, desapareceu após ser abordada por Valente. A acusação sustenta que, com o crime, o arguido pretendia evitar responsabilidades sobre a paternidade e a partilha de bens.

O tribunal irá agora deliberar sobre o caso, que mantêm a comunidade em suspense e de luto pela jovem desaparecida.