Economia

Mercados de Nova Iorque sobem com esperança em acordos comerciais

A bolsa de Nova Iorque fechou em alta, otimista quanto às negociações comerciais de Washington, apesar das novas tarifas impostas a vários países.

09/07/2025 22:25
Mercados de Nova Iorque sobem com esperança em acordos comerciais

A bolsa nova-iorquina terminou o dia em alta, refletindo um sentimento otimista associado às negociações comerciais entre os Estados Unidos e os seus principais parceiros económicos, mesmo face à recente imposição de novas tarifas a diversos países.

Os índices registaram os seguintes desempenhos: o Dow Jones Industrial Average subiu 0,49%, o Nasdaq - que é mais focado na tecnologia - avançou 0,94%, estabelecendo um novo recorde de encerramento, enquanto o S&P 500 subiu 0,61%.

Patrick O'Hare, analista da Briefing.com, comentou à agência France-Presse (AFP) que "o mercado não demonstra sinais de receio em relação às tarifas". Ele esclareceu que, embora as cartas sobre tarifas tenham gerado grande atenção, o consenso no mercado é que estas são, na verdade, instrumentos de negociação que levarão a termos mais favoráveis no futuro.

Depois de uma série de cartas enviadas na segunda-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, enviou mais oito cartas, incluindo uma destinada ao Brasil, visando informar as nações afetadas sobre as tarifas que incidirão sobre os seus produtos exportados para os EUA.

O'Hare também salientou que os dados económicos não confirmaram os piores medos referentes a uma possível inflação elevada ou a um crescimento económico mais lento devido às tarifas, uma opinião partilhada pelos banqueiros centrais da Reserva Federal nas atas da sua última reunião divulgadas hoje.

Uma minoria dos banqueiros manifestou vontade de cortar taxas de juro na próxima reunião da Fed, agendada para o final de Julho. Por outro lado, "a maioria" dos dirigentes considera que um corte poderia ser "provavelmente apropriado" somente em 2025.

O'Hare anteviu que o mercado de ações em geral reagirá positivamente à possível redução das taxas de juro, uma vez que a inflação se mantém controlada, embora tenha alertado que isso só se tornará problemático se as reduções forem impulsionadas por uma desaceleração que ameace as perspetivas de lucro.

No que diz respeito ao mercado obrigacionista, o rendimento dos títulos norte-americanos a 10 anos caiu significativamente para 4,34%, em comparação com 4,40% no dia anterior.

No sector empresarial, a Nvidia, uma gigante do setor dos chips, viu as suas ações aumentarem 1,80%, alcançando 162,88 dólares. Durante a sessão, as suas ações ultrapassaram os 164 dólares, tornando-se a primeira empresa a atingir uma capitalização de mercado de 4 triliões de dólares, impulsionada pelo forte interesse por ações relacionadas com inteligência artificial.

Por outro lado, a Hershey, conhecida pelos seus chocolates, caiu 4,70% para 161,95 dólares após anunciar mudanças na sua liderança. Kirk Tanner, ex-CEO da Wendy's, será o novo líder da empresa.

A Monster Beverages também viu as suas ações descerem 3,28% para 59,57 dólares, após a Rothschild & Co. rever a sua recomendação, citando incertezas relativas às tarifas sobre o alumínio, vital para a produção de latas.

Em contraste, a Starbucks terminou o dia com uma recuperação de 0,33%, alcançando 95,25 dólares, após surgirem notícias de que a empresa tinha recebido cerca de trinta propostas de investimento para a sua subsidiária na China, um mercado crucial após os Estados Unidos.

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