Política

Militantes do PS vão às urnas para eleger José Luís Carneiro como novo líder

Após a demissão de Pedro Nuno Santos, os militantes do PS iniciam hoje a votação em 15 federações, seguida por outras seis no sábado, com Carneiro como candidato único.

27/06/2025 07:00
Militantes do PS vão às urnas para eleger José Luís Carneiro como novo líder

Começam hoje as eleições diretas do Partido Socialista, nas quais José Luís Carneiro se apresenta como o único candidato ao cargo de secretário-geral. Esta contagem eleitoral teve origem na demissão de Pedro Nuno Santos, que se afastou após uma significativa derrota nas legislativas antecipadas, reduzindo o PS a apenas 58 deputados e a terceira força política na Assembleia da República.

Hoje, os militantes do PS exercem o seu direito de voto em 15 das 21 federações do partido, com o processo a ser concluído no sábado, quando os socialistas das restantes seis distritais, incluindo Açores, Algarve, Braga, Coimbra, Porto e Viseu, também vão às urnas.

No sábado, Carneiro planeia votar pela tarde na sede concelhia do PS em Baião, regressando à noite a Lisboa para fazer uma declaração pública no Largo do Rato.

Na quinta-feira, durante uma das suas últimas ações de campanha, afirmou ter ficado "positivamente surpreendido com a interação dos militantes, simpatizantes e da sociedade civil" nas várias iniciativas realizadas por todo o país. Carneiro destacou que, apesar dos resultados eleitorais inesperados, sentiu um forte movimento entre os militantes e simpatizantes para avaliar os resultados e abordar os temas que realmente preocupam os cidadãos.

Entre as suas prioridades, o futuro líder do PS sublinhou a importância de focar nos salários e rendimentos, na habitação e na saúde. Após a derrota eleitoral, ele já tinha manifestado a sua disponibilidade para servir o partido e o país, advogando por uma reflexão profunda e um novo ciclo dentro da organização.

Vários ex-ministros, incluindo Duarte Cordeiro, Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva, decidiram não concorrer, assim como o ex-candidato Daniel Adrião e o ex-secretário de Estado Miguel Prata Roque, consolidando Carneiro como o único candidato à liderança.

Durante a apresentação da sua candidatura, Carneiro apelou à união interna do partido, declinando fazer "ataques pessoais e superficiais", e prometeu que sob a sua liderança o PS será "determinado e enérgico na oposição", sem receio de "promover consensos democráticos".

Ele enfatizou a necessidade de "repensar o PS e a sua relação com o país", propondo consensos em áreas cruciais, incluindo uma reforma eleitoral nas autarquias. Em relação às eleições, avisou que as autárquicas serão a prioridade, e quanto às presidenciais de 2026, afirmou que "cada coisa a seu tempo".

Sem mencionar António José Seguro, que anunciou a sua candidatura à Presidência da República, Carneiro lembrou que as autárquicas ocorrerão já no final de setembro ou início de outubro, enquanto as presidenciais ficam previstas para 2026.

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