Ministra da Saúde reafirma compromisso apesar de críticas: "Nunca desistirei"

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, declarou, esta manhã, que se sente "absolutamente de consciência tranquila" e que jamais abandonará as responsabilidades que lhe foram atribuídas pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro. "Eu estou absolutamente de consciência tranquila, naturalmente, e todos os dias trabalho - quero que os portugueses saibam isso - para resolver problemas", afirmou aos jornalistas quando questionada sobre a sua permanência na tutela dos serviços de emergência em Portugal, em face de recentes controvérsias relacionadas com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

A declarações de Ana Paula Martins surgem na esteira de notícias de tragédias recentes, incluindo a perda de bebés por parte de duas grávidas na região de Setúbal, bem como o caso de um homem gravemente ferido que aguardou mais de cinco horas pela transferência do Hospital da Covilhã para os Hospitais da Universidade de Coimbra.

A ministra assumiu a direção do INEM no final do ano passado, após a greve dos trabalhadores que gerou várias polémicas. Contudo, o Ministério da Saúde remeteu a responsabilidade de esclarecer a questão da demora na transferência do paciente para o INEM, com a comunicação oficial a afirmar que "estes esclarecimentos têm sido prestados pelo INEM".

Em resposta a perguntas sobre o seu futuro, Ana Paula Martins, durante a apresentação do 'Relatório da Reformulação dos Alimentos em Portugal - 2018-2023' no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, sublinhou a sua determinação em enfrentar os desafios. "Eu não fujo e não fugirei de nenhum problema. Assumir responsabilidades significa ficar, resolver, dar a cara de uma maneira empática, com a compaixão pelas situações e pelos desfechos que, naturalmente, são absolutamente indesejáveis", declarou. Ela reafirmou a importância do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que qualificou como "a chave mestra da resposta à saúde a todos, especialmente àqueles que mais precisam".