Economia

Ministro das Finanças optimista quanto a acordos comerciais abaixo dos 10%

Joaquim Miranda Sarmento está confiante na possibilidade de um entendimento entre a UE e os EUA com tarifas abaixo de 10%, que poderá favorecer as relações comerciais.

há 5 horas
Ministro das Finanças optimista quanto a acordos comerciais abaixo dos 10%

Na sua mais recente intervenção, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, expressou a sua convicção de que é viável alcançar um acordo com os Estados Unidos da América (EUA) que estabeleça tarifas inferiores a 10%. Esta medida poderia proporcionar um impulso significativo às trocas comerciais.

Durante uma entrevista à Bloomberg, o governante português afirmou: "É possível chegar a um acordo com tarifas muito baixas, que sejam benéficas para ambas as partes e que nos permitam continuar a negociar e a criar valor para os nossos cidadãos."

Miranda Sarmento aguarda uma atualização sobre as negociações realizadas pela Comissão Europeia com a administração americana, que será discutida na reunião dos ministros das Finanças da zona euro e da União Europeia, programada para hoje e amanhã.

Referindo-se às tarifas, o ministro indicou que estas "provavelmente ficarão abaixo dos 10%", mas sublinhou que detalhes adicionais serão divulgados posteriormente: "Vamos ver qual será o resultado".

Nos últimos tempos, os EUA iniciaram o envio de comunicações a países sem acordos comerciais, informando sobre as tarifas que entrarão em vigor a partir de 1 de agosto. Esta situação surge após meses de pressão que resultaram em acordos com o Reino Unido, Vietname e China.

Além disso, a União Europeia, o Japão, a Coreia do Sul e a Índia estão a envidar esforços para acelerar os seus próprios entendimentos comerciais.

Entretanto, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que os países notificados têm até 1 de agosto para formalizar os seus acordos. Se não o fizerem, as tarifas anteriormente anunciadas entrarão em vigor na data prevista.

O presidente americano, Donald Trump, também lançou ameaças de impor uma tarifa adicional de 10% a quaisquer países que se alinhem com as políticas do bloco BRICS, que descreveu como opostas aos interesses de Washington. "Não haverá exceções a esta política", garantiu Trump, aumentando as incertezas nas negociações entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais.

No domingo, os líderes do BRICS, reunidos no Rio de Janeiro, repudiaram as medidas protecionistas, sem no entanto referirem diretamente os EUA, embora as políticas de Trump fossem evidentes nas declarações emitidas.

A cimeira, que conta com a presidência rotativa do Brasil, está a ser marcada pela ausência dos líderes da China e da Rússia, sendo que Vladimir Putin participou virtualmente. A declaração final do encontro abordou a guerra comercial de Trump, a escalada de violência no Médio Oriente e destacou a necessidade de uma reforma urgente nas instituições internacionais como a ONU, o Banco Mundial e o FMI.

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