Aumento das Queixas nos Transportes: +7,2% em Relação a 2023
As reclamações no setor dos transportes e mobilidade subiram 7,2% no 2.º semestre de 2024, totalizando 15.197. A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes divulga dados preocupantes.
As queixas na área da mobilidade e dos transportes registaram um crescimento de 7,2% no segundo semestre de 2024, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior, somando um total de 15.197 reclamações, conforme divulgado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
No relatório semestral emitido pelo regulador, observa-se que em média ocorreram 83 reclamações por dia, o que representa um aumento de 7,8% face às 77 diárias do semestre anterior (segundo semestre de 2023). Comparando com o primeiro semestre de 2024, o número de queixas também cresceu 5,6%, o que corresponde a mais 808 reclamações.
Dentre os diferentes modos de transporte, os registos de queixas aumentaram em várias vertentes, sendo que os sistemas de bilhética se destacaram com um crescimento superior a 143,7%.
O setor rodoviário liderou em número de reclamações, contabilizando 52,6% do total, ou seja, 7.999 queixas. Neste segmento, o transporte rodoviário de passageiros, que inclui empresas como a Rede Expressos, somou 5.199 reclamações, ligeiramente abaixo das 5.249 registadas no mesmo período do ano anterior.
As reclamações referentes ao aluguer de veículos sem condutor representaram 21,4% do total, com 2.114 queixas, enquanto as infraestruturas rodoviárias somaram 1.070 queixas, correspondendo a 10,8%.
Estas três categorias concentraram 84,8% das queixas no setor rodoviário.
No transporte ferroviário, que inclui a CP -- Comboios de Portugal, foram registadas 2.884 queixas, um aumento de 6,1% comparativamente ao semestre homólogo, representando mais 181 reclamações.
O transporte por vias navegáveis interiores totalizou 424 queixas, com um acréscimo de 6,8%, enquanto o modo marítimo e portuário registou estabilidade com apenas 48 reclamações.
No que diz respeito aos canais de reclamação, o livro de reclamações eletrónico foi o mais utilizado, englobando 52,2% do total, seguido pelo formato físico com 43%. Apenas 4,8% das queixas foram submetidas diretamente através dos canais da AMT.