Negociações Indiretas entre Israel e Hamas Retomadas em Doha Antes do Encontro em Washington
O Hamas e Israel reiniciam hoje negociações em Doha, visando um cessar-fogo na Faixa de Gaza, à medida que Trump e Netanyahu se preparam para se encontrar em Washington.

A expectativa é alta para o reinício das negociações indiretas entre Israel e o Hamas, que ocorrerão hoje em Doha, no Qatar, com o intuito de chegar a um acordo de tréguas na Faixa de Gaza. Esta nova fase de negociações acontece antes do encontro entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, agendado para esta noite em Washington.
Trump manifestou otimismo, afirmando que existe uma "boa hipótese" de que um pacto de cessar-fogo seja alcançado em breve. “Já conseguimos a libertação de muitos reféns, e esperamos que um número considerável dos restantes seja libertado ainda esta semana”, declarou ele a repórteres.
Antes da sua visita aos Estados Unidos, Netanyahu reconheceu que o encontro com Trump poderá facilitar um resultado positivo nas negociações. Uma fonte palestiniana que acompanha a situação revelou que as conversas em Doha devem focar-se na estruturação dos "mecanismos de implementação" de um acordo de cessar-fogo, bem como na troca de reféns entre os dois lados.
De acordo com o cronograma, as discussões indiretas deveriam começar às 12h30 (hora local) e, até agora, não há confirmação de que já tenham sido iniciadas. A mesma fonte indicou que, no domingo à noite, realizou-se uma sessão preliminar entre os mediadores para debater a troca de reféns e o cessar-fogo, com delegações do Hamas e de Israel a reunirem-se em salas separadas.
"O Hamas está a falar a sério e está comprometido em encontrar uma solução que ponha fim à guerra e ao sofrimento do nosso povo, contanto que Israel demonstre boa-fé e não tente obstruir o processo", salientou a fonte.
A guerra em Gaza, que começou após ataques do Hamas a 7 de outubro de 2023, resultou em cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns em Israel, enquanto a resposta militar israelita já causou mais de 57 mil mortes, devastando a infraestrutura de Gaza e forçando centenas de milhares a deslocarem-se.