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Netanyahu perto de garantir acolhimento para palestinianos

O Primeiro-Ministro israelita revela que está em negociações com vários países dispostos a receber os palestinianos que queiram deixar a Faixa de Gaza, conforme confirmado pelo Presidente dos EUA.

08/07/2025 06:30
Netanyahu perto de garantir acolhimento para palestinianos

Em declarações recentes, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que se encontra "perto de encontrar vários países" dispostos a acolher palestinianos que desejem sair da Faixa de Gaza. Esta afirmação foi corroborada pelo Presidente dos Estados Unidos, que estava presente no início de um jantar na Casa Branca, onde ambos discutiram pormenores sobre um potencial acordo de tréguas de 60 dias para a região.

Ao ser questionado sobre a proposta de deslocação dos residentes de Gaza, Donald Trump passou a palavra a Netanyahu, que afirmou: "Se as pessoas quiserem ficar, podem ficar, mas se quiserem sair, devem poder sair".

Netanyahu acrescentou que está a colaborar de forma estreita com os Estados Unidos para concretizar o desejo de alguns países na região de proporcionar um futuro mais promissor aos palestinianos. "Penso que estamos perto de conseguir este objetivo", disse ele.

Trump também confirmou a disposição dos vizinhos de Israel em cooperar, afirmando que "algo de bom irá acontecer".

A justeza deste plano foi colocada em dúvida por muitos, uma vez que, logo após a sua tomada de posse em janeiro, Trump sugeriu que os EUA assumissem o controlo da Faixa de Gaza e que os seus habitantes fossem deslocados para outros países. Israel defende que isso facilitará a emigração voluntária dos residentes, mas a proposta foi rejeitada por países árabes, que a classificaram como uma tentativa de limpeza étnica, tornando a criação de um futuro Estado palestiniano praticamente inviável.

Adicionalmente, Benjamin Netanyahu enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e crimes contra a humanidade relacionados com operações militares em Gaza. Esta situação provocou a ira dos Estados Unidos, que anunciaram sanções contra altos responsáveis do TPI, incluindo quatro juízes e o procurador-geral Karim Khan.

O TPI tem por missão processar indivíduos acusados dos crimes mais graves a nível mundial, como crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.

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