Preparativos finais para o envio de sistemas de defesa 'Patriot' à Ucrânia

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, comunicou que um acordo entre os países aliados europeus para enviar sistemas de defesa antiaérea 'Patriot' à Ucrânia está prestes a ser finalizado nos próximos “dias ou semanas”.

Durante uma conferência de imprensa conjunta em Londres com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, Merz revelou que os ministros da Defesa europeus estão a trabalhar na coordenação dos detalhes logísticos necessários para as entregas. “Eles estão a discutir atualmente como garantir que os sistemas cheguem à Ucrânia e sejam devidamente instalados. Não se trata de uma questão de horas, mas sim de dias ou semanas”, explicou.

O chanceler acrescentou que os sistemas 'Patriot' serão fornecidos por países europeus e posteriormente serão repostos pelos Estados Unidos, enfatizando a importância de manter as capacidades defensivas. “É crucial preservar as nossas capacidades de defesa”, afirmou Merz.

O primeiro-ministro britânico, por seu lado, destacou que o anúncio feito pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o aumento do apoio à Ucrânia é fruto de negociações intensivas entre os aliados de Kiev e Washington. “Estamos a discutir frequentemente este tema e hoje tivemos uma conversa longa sobre isso. A mudança de posição da Casa Branca sublinha a colaboração estreita entre a Alemanha, a França e o Reino Unido”, acrescentou Starmer.

Após a assinatura de um tratado anglo-germânico, que visa reforçar a cooperação em várias áreas, incluindo defesa e economia, os líderes destacaram a importância da unidade entre os aliados.

No início da semana, Trump anunciou o envio de sistemas 'Patriot' e ameaçou a Rússia com tarifas elevadas se não houver acordo de paz dentro de 50 dias. Além disso, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, revelou que um grupo de países da NATO, incluindo a Alemanha e o Reino Unido, vai adquirir armamento dos EUA para apoiar a Ucrânia.

A Ucrânia tem recebido assistência militar e financeira dos aliados ocidentais desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, enquanto se continuam a aplicar sanções a sectores-chave da economia russa para limitar a sua capacidade de financiar a guerra.