Política

PS critica Governo por venda da TAP a preço baixo

O PS denunciou a postura do Governo, afirmando que está a tentar vender a TAP de forma depreciativa. Defende necessidade de maximizar investimento na companhia aérea.

11/07/2025 12:35
PS critica Governo por venda da TAP a preço baixo

O Partido Socialista (PS) manifestou-se hoje contra a abordagem do Governo na venda da TAP, acusando-o de "fazer o máximo para vender a TAP pelo preço mínimo". Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS, destacou que a administração parece ignorar a importância de maximizar o esforço de investimento dos cidadãos portugueses.

Durante declarações na Assembleia da República, Brilhante Dias sublinhou que a valorização do investimento deve ter em consideração "as comunidades, o 'hub' em Lisboa" e a relevância estratégica que uma companhia aérea como a TAP tem para Portugal. "O senhor ministro [Pinto Luz] é conhecido por ter vendido 60% da TAP por apenas 10 milhões de euros, numa altura em que o Governo estava prestes a ser destituído, o que trouxe grandes prejuízos ao país", criticou.

O socialista também refutou as afirmações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, sobre a TAP não ser "um poço sem fundo". Segundo Brilhante Dias, "cabe ao Governo maximizar o retorno do investimento que garantiu a sobrevivência da TAP. O Governo actua como um vendedor que degrada o produto que deseja vender. Os portugueses merecem melhor."

A aprovação do decreto-lei em Conselho de Ministros marca o início do processo de venda da TAP, que está a caminho de reabsorver acionistas privados, após ter sido nacionalizada em 2020 devido aos efeitos da pandemia na aviação. Embora a reprivatização estivesse em discussão desde 2023, o processo foi suspenso pela queda de dois governos, PS e PSD.

Originalmente estatal, a TAP foi parcialmente privatizada em 2015, mas esta decisão foi revertida em 2016 pelo governo de António Costa, que reassumiu 50% da companhia. O atual executivo de Luís Montenegro anunciou o plano de alienação de uma participação minoritária para 2025, com negociações em curso com grupos como Air France-KLM, Lufthansa e IAG.

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