PS exige esclarecimentos do ministro da Educação sobre os exames do 9.º ano

Hoje, o deputado socialista Porfírio Silva confrontou o ministro da Educação, Fernando Alexandre, e pediu que este forneça explicações sobre a recente confusão na divulgação dos resultados dos exames do 9.º ano. Silva criticou a falta de presença do ministro, afirmando que ele "nunca aparece aos prejudicados a explicar o que se passa".

O deputado destacou que, enquanto o PSD parecia ter um talento para complicar o início dos anos letivos, agora também estava a prejudicar a sua conclusão, o que causa um "stress adicional a alunos que tentam finalizar um ciclo de aprendizagem".

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, Porfírio Silva considerou que a situação que afeta cerca de 100 mil alunos é "inaceitável" e reflete um "padrão preocupante". "Não gostamos de precipitar-nos, mas aguardamos que o ministro, em breve, venha a esclarecer os pais", acrescentou.

Ele expressou receios de que Fernando Alexandre pudesse adiar ainda mais as explicações através de uma nova auditoria. A preocupação é especialmente elevada para os estudantes e suas famílias, dada a possibilidade de anulação de provas. Silva mencionou que alguns pais foram questionados sobre a escolha entre manter a situação indefinida ou optar pela anulação da primeira fase dos exames.

O Ministério da Educação informou que a divulgação dos resultados das provas de Matemática e Português do 9.º ano será feita hoje, um dia após o prazo estabelecido, devido a "dificuldades técnicas" na correção. As pautas definitivas deveriam ter sido disponibilizadas na terça-feira, mas as escolas aguardaram os resultados que só serão divulgados hoje.

O MECI explicou que a decisão de adiar a comunicação às escolas visa "preservar a integridade do processo de avaliação externa", assegurando que todos os alunos tenham igualdade de acesso à informação. O Júri Nacional de Exames promete enviar os resultados ainda esta quarta-feira, com as pautas a serem afixadas o mais rapidamente possível.

O atraso no envio dos dados é particularmente problemático, uma vez que as provas nacionais têm um peso significativo (30%) na nota final dos alunos, obrigando os professores a reavaliarem as classificações finais.