Economia

Quatrocentos trabalhadores da indústria protestam na Assembleia da República

Quase 400 trabalhadores da indústria manifestam-se hoje junto à AR, em busca do alargamento do reconhecimento de profissões de risco a mais sectores.

03/07/2025 16:25
Quatrocentos trabalhadores da indústria protestam na Assembleia da República

Cerca de 400 trabalhadores da indústria reuniram-se hoje em frente à Assembleia da República, momentos antes da discussão de uma petição que visa a extensão do reconhecimento de profissões de risco a várias categorias profissionais.

Rogério Silva, coordenador da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal), sublinhou que "a legislação em vigor actualmente inclui apenas algumas profissões específicas, como a dos mineiros", apelando pela inclusão de outros trabalhadores expostos a condições nocivas.

Silva destacou que muitos operários lidam diariamente com "agentes químicos de elevada perigosidade, que representam riscos significativos para a saúde".

Entre as reivindicações, o sindicato solicita a possibilidade de reforma antecipada aos 55 anos, desde que se verifique um histórico de 20 anos de trabalho e a existência de doenças profissionais diagnosticadas. O dirigente sindical afirmou que a Segurança Social "tem capacidades para apoiar" as exigências dos trabalhadores e assegurou que a instituição "se encontra numa situação financeira estável".

A petição em questão, que já conta com mais de 13 mil assinaturas, será discutida em plenário e pede o reconhecimento das profissões como de desgaste rápido, assim como o acesso à reforma antecipada sem penalizações para os trabalhadores da indústria.

A proposta abrange profissionais dos sectores da fabricação de material eléctrico, da indústria automóvel, farmacêutica, metalúrgica, química, aeronáutica, bem como aqueles envolvidos na produção de papel e no tratamento de águas.

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