Economia

Queda nas Transações Suspeitas em Casinos de Macau Regista 14,9% na Primeira Metade de 2025

O número de transações suspeitas reportadas em Macau caiu 14,9% no primeiro semestre de 2025, segundo o Gabinete de Informação Financeira, com as operadoras de jogos a liderar as participações.

há 5 horas
Queda nas Transações Suspeitas em Casinos de Macau Regista 14,9% na Primeira Metade de 2025

No primeiro semestre de 2025, Macau registou uma diminuição de 14,9% nas transações suspeitas relatadas nos seus casinos, conforme revelou o Gabinete de Informação Financeira (GIF) da região. Durante este período, as seis concessionárias de jogos apresentaram um total de 1.856 participações relacionadas com possíveis casos de branqueamento de capitais ou financiamento do terrorismo.

O comunicado do GIF, divulgado na terça-feira, indicou que esta redução, que também se reflete numa queda de 12,6% no total de participações, foi influenciada por uma diminuição das reportações provenientes do setor dos jogos.

Entre janeiro e junho, o gabinete recebeu 2.515 participações, das quais 73,8% foram enviadas por concessionárias de casinos, enquanto 19,9% vieram de bancos e seguradoras, e 6,3% de outras entidades como lojas de penhores, joalharias, imobiliárias e casas de leilão. Estas entidades são obrigadas a notificar as autoridades sobre transações a partir de 500 mil patacas, cerca de 53.400 euros.

No ano anterior, em 2024, o GIF contabilizou 5.245 participações, com a maioria proveniente dos casinos: 3.837, o que representou um aumento de 11,8% em relação a 2023, estabelecendo um novo recorde.

Em março de 2022, o Departamento de Estado dos EUA identificou Macau como um dos principais centros de branqueamento de capitais a nível global, focando-se na atuação de angariadores de apostas e nas atividades ilegais que frequentemente promovem. Esta situação persiste mesmo após a detenção, em novembro de 2021, de Alvin Chau Cheok Wa, ex-líder da Suncity, considerado o maior angariador de apostas VIP do mundo.

Relatórios anuais do GIF indicam que Macau é o único membro do Grupo Ásia-Pacífico Contra o Branqueamento de Capitais (GAFI) que cumpre todos os 40 padrões internacionais visando a prevenção do branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa.

Recentemente, o gabinete anunciou ter finalizado os procedimentos para assinar um acordo com Angola, no âmbito da troca de informações para combater o branqueamento de capitais. Este acordo foi discutido durante um encontro com representantes angolanos à margem da reunião do Grupo Egmont, realizada de 06 a 11 de julho no Luxemburgo.

O Grupo Egmont é uma organização internacional dedicada à luta contra o branqueamento de capitais, composta por 181 unidades de informação financeira de diversos países. Angola foi recentemente adicionada à "lista cinzenta" do GAFI, devido a falhas nos seus regimes legais e regulatórios, juntando-se a Moçambique, que também figura nesta lista e foi admitido no grupo Egmont a 10 de julho.

O GAFI, uma entidade intergovernamental, estabelece normas internacionais para combater o branqueamento de capitais, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição em massa, identificando países que colaboram ativamente para resolver deficiências estratégicas nessas áreas.

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