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Transferência de doente de helicóptero motivada por avaliação médica detalhada

O INEM esclareceu que a transferência de um paciente com traumatismo craniano foi uma "decisão médica conjunta", considerando critérios clínicos e recursos disponíveis.

há 5 horas
Transferência de doente de helicóptero motivada por avaliação médica detalhada

A transferência de um doente com traumatismo craniano do Hospital da Covilhã para Coimbra, realizada de helicóptero da Força Aérea, foi classificada pelo INEM como uma "decisão médica conjunta". Este esclarecimento surge após a Lusa questionar o motivo pelo qual o paciente foi transferido por via aérea em vez de ambulância.

Segundo o INEM, a decisão foi feita com base na análise dos critérios clínicos do utente, nos recursos disponíveis e em várias outras variáveis que poderiam impactar o estado de saúde do paciente. "As equipas médicas garantiram que o utente recebeu cuidados de saúde de alta qualidade desde a ativação da emergência médica até à sua admissão em Coimbra", reiterou a instituição.

Entretanto, a Lusa também indagou sobre informações que alegam que o helicóptero tinha dificuldades em aterrar nos heliportos dos hospitais devido ao seu tamanho, mas não obteve resposta. Além disso, não foi possível esclarecer se há alguma ligação entre esta situação e a recente conclusão do concurso internacional para a aquisição do serviço de transporte aéreo.

A posição do INEM surge após um alerta da Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH), que defendeu que o transporte por ambulância é geralmente mais seguro e clínico quando a resposta aérea demora mais do que o previsto para o transporte terrestre. A SPEPH sublinhou a necessidade de avaliar fatores como as condições meteorológicas e o tempo estimado para a chegada do helicóptero, de forma a garantir a rápida estabilização do paciente.

O Ministério da Saúde dirigiu qualquer questão sobre o caso para o INEM. Por sua vez, Rui Lázaro, presidente do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar, atribuiu responsabilidades ao Governo e ao INEM, criticando a tardia organização do concurso para a contratação do serviço. A empresa Gulf Med Aviation Services Limited foi adjudicada ao concurso apenas em março passado, tendo recebido pouco tempo para preparar a operação.

Recentemente, a Força Aérea começou a garantir o transporte de emergência médica com quatro helicópteros, mas apenas um está atualmente apto para voos noturnos. A Gulf Med, enquanto aguarda a entrada em vigor do contrato, assegura dois helicópteros Airbus operacionais durante o dia a partir de Macedo de Cavaleiros e Loulé.

O ministro da Defesa adicionou que a Força Aérea dispõe de aeronaves disponíveis para o INEM em Beja, Montijo e Ovar.

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