Trump revela plano para reforçar auxílio militar à Ucrânia
O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o envio de mais "armas defensivas" para a Ucrânia, após ter suspendido a entrega de armamento a Kiev na semana anterior.

Na passada segunda-feira, Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, declarou que o país enviará um aumento de "armas defensivas" para a Ucrânia. Esta decisão surge numa altura em que a Casa Branca suspendeu recentemente a entrega de armamento a Kiev.
"Teremos de enviar mais armas, principalmente armas defensivas", afirmou Trump, manifestando a sua insatisfação com o Presidente russo, Vladimir Putin. O republicano referiu que a Ucrânia está a sofrer grandes danos: "Estão a ser atingidos com muita, muita força", disse.
Em termos de confrontos, o Estado-maior ucraniano relatou na mesma segunda-feira a ocorrência de 97 combates, com intensidade particular nas áreas de Pokrovsk e Donetsk, conforme noticiado pela agência Ukrinform.
Além disso, a Rússia anunciou, no domingo, a captura de duas novas localidades no leste da Ucrânia, continuando assim o seu avanço territorial.
Durante a presidência do ex-Presidente Joe Biden, Washington prometeu um apoio militar superior a 65 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros) à Ucrânia, mas desde janeiro Trump não tinha feito novos anúncios de ajuda.
A 2 de julho, a entrega de armamento à Ucrânia foi suspensa pelo secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, devido a preocupações sobre as reservas militares dos EUA. Entre os equipamentos suspensos estavam os intercetores dos sistemas de defesa aérea Patriot e mísseis para aviões F-16 da força aérea ucraniana.
A suspensão foi uma decisão unilateral de Hegseth, segundo fontes citadas pela NBC News, e foi defendida por Trump como necessária, apontando críticas ao ex-presidente Biden por "esvaziar todo o país dando armas à Ucrânia". Este representa o terceiro momento em que Hegseth, por iniciativa própria, interrompeu a ajuda militar, tendo revogado decisões anteriores nos meses de fevereiro e maio.
Elbridge Colby, subsecretário da Defesa para as Políticas, apoiou a medida, defendendo uma redução do compromisso dos EUA na Ucrânia e uma reorientação de recursos para o Pacífico, numa tentativa de conter a influência crescente da China, considerada a principal concorrente dos Estados Unidos.
A decisão para suspender a ajuda surpreendeu tanto o Departamento de Estado como a Ucrânia e aliados europeus, levando a uma exigência de esclarecimentos por parte do Pentágono. Ao mesmo tempo, uma avaliação realizada por altos oficiais militares indicou que essa suspensão não comprometeria as reservas de munições das Forças Armadas dos EUA, conforme reportado pela NBC News.