Vindima de 2025 promete ser ainda mais desafiadora que a de 2024

A Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE) expressou, em comunicado, a sua preocupação com a vindima de 2025, que poderá ser "ainda mais desafiadora" do que a do ano passado. O alerta surge precisamente no seguimento das notificações feitas aos viticultores pelos compradores habituais, informando que não adquirirão as uvas neste ciclo.

A vindima de 2024, recorda a associação, foi considerada "uma das mais difíceis" da história do país, e as expectativas não são encorajadoras para o próximo ano.

Apesar do aumento nas exportações registado no início do ano, o setor encontra-se agora a enfrentar as consequências de uma crise internacional, que impacta severamente na sua viabilidade. A ANCEVE salienta que "a incerteza no comércio internacional, impulsionada pela política tarifária de Donald Trump", aliada à descida do consumo do vinho a nível global, e a campanhas desfavoráveis à sua imagem, têm contribuído para uma alteração negativa na tendência.

Adicionalmente, o Instituto da Vinha e do Vinho está atualmente "numa fase de incerteza e estagnação", uma vez que a exoneração verbal do seu Conselho Diretivo em janeiro ainda não foi formalizada, mesmo após seis meses. Esta situação gerou frustração, já que a associação afirma não ter sido consultada nem sobre a exoneração nem sobre a nova equipa que poderá ser escolhida, desconhecendo, inclusive, as razões por detrás do que consideram ser uma "decisão repentina do Governo".

A ANCEVE já requereu uma reunião urgente com a Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas para discutir a atual situação do setor vitivinícola, as "perspectivas desafiadoras" que se avizinham e as possíveis estratégias a implementar.