A corrida pela liderança do Eurogrupo define-se em torno de um único candidato
O irlandês Paschal Donohoe é o único candidato à liderança do Eurogrupo, após a desistência de dois concorrentes. A sua reeleição é apoiada por Portugal.
No início da reunião que irá decidir o novo líder do Eurogrupo, ficou decidido que apenas um candidato será submetido a votação: o ministro das Finanças da Irlanda, Paschal Donohoe. Esta decisão surgiu com a retirada de Carlos Cuerpo, ministro da Economia de Espanha, e Rimantas Sadzius, ministro das Finanças da Lituânia, que deixaram de lado as suas intenções de concorrer.
Em declarações à imprensa em Bruxelas, o ministro português das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, expressou o apoio formal de Portugal a Donohoe, sublinhando que "o atual presidente do Eurogrupo possui todas as capacidades para continuar" no cargo. Paschal Donohoe ocupa a presidência desde julho de 2020, tendo sido reeleito em dezembro de 2022, e sucede ao ex-ministro português Mário Centeno.
A escolha do novo presidente será realizada por maioria simples entre os ministros das Finanças do Eurogrupo, sendo necessário o apoio de pelo menos 11 dos 20 votos. A reunião informal de hoje é um momento chave na definição do futuro da governança económica na zona euro.
Por fim, vale destacar que o apoio a Donohoe por parte de Portugal quebra um entendimento prévio de apoio mútuo entre os dois países ibéricos para altos cargos na União Europeia. O Eurogrupo, criado em 1997 e composto por ministros da área do euro, desempenha um papel essencial na discussão de assuntos económicos e financeiros pertinentes à moeda única.