Agências de Viagens Exigem Voz no Processo de Privatização da TAP
ANAV defende a inclusão das agências de viagens nas decisões sobre a privatização da TAP, sublinhando a importância da sua participação.

A Associação Nacional de Agências de Viagens (ANAV) manifestou a sua posição a favor do processo de privatização da TAP, desde que sejam respeitadas várias "condições inegociáveis". Em comunicado, a ANAV sublinhou a urgência da inclusão formal dos agentes de viagens no processo decisório, garantindo que estes possam participar de forma significativa na definição de contratos e processos relacionados com a privatização.
Compreendendo que as agências de viagens são responsáveis por cerca de 40% das reservas, a associação apela ao respeito por todos os 'stakeholders', enfatizando a necessidade de ouvir e proteger os interesses daqueles que contribuem substancialmente para o turismo português. Miguel Quintas, presidente da ANAV, afirmou que “não se pode realizar um processo de privatização eficaz sem considerar as vozes de todos os protagonistas, que juntamente com a TAP, fazem do turismo em Portugal um modelo de excelência em nível internacional”.
Além disso, a ANAV expressou o desejo de que os agentes de viagens acompanhem de perto a privatização para assegurar que os seus interesses e os das economias locais, que dependem do turismo, sejam salvaguardados. A associação afirmou que “a privatização será legítima apenas se preservar todo o ecossistema envolvente da TAP, que inclui agências de viagens, hotelaria, restauração, eventos e infraestruturas aeroportuárias”.
A ANAV tomou também uma posição clara sobre a manutenção do 'hub' em Lisboa, rejeitando qualquer mudança que pudesse transferir esse papel para outros aeroportos, como Madrid.