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Amnistia Internacional exige investigação aos conflitos em Angola

A Amnistia Internacional instou as autoridades angolanas a procederem a uma investigação rigorosa sobre as mortes e lesões ocorridas durante a recente greve de taxistas no país.

01/08/2025 19:50
Amnistia Internacional exige investigação aos conflitos em Angola

A Amnistia Internacional fez um apelo à governo de Angola para que inicie uma investigação "independente, abrangente e justa" após os incidentes violentos associados à greve de taxistas que se desenrolou de forma intensa em cidades como Luanda, Huambo, Benguela e Huíla.

"É inaceitável que vidas sejam perdidas, e pessoas feridas ou detidas apenas pelo exercício do direito à greve. As forças de segurança devem abster-se de usar a força de maneira excessiva e seguir os procedimentos legais antes de procederem a detenções", declarou Tigere Chagutah, diretor regional da Amnistia Internacional para a África Oriental e Austral.

Este pedido é feito após o governo angolano ter reportado, em seu último relatório, o trágico balanço de 30 mortes, 277 feridos e 1.515 detenções em decorrência de três dias de protestos, os quais foram marcados por atos de vandalismo e saques em diversas províncias como Luanda, Benguela e Huíla.

A organização não governamental recordou que cabe às forças de segurança garantir a proteção do público, respeitando os direitos humanos durante suas ações, mesmo em situações onde ocorrem crimes como o saque e a destruição de propriedades. "As autoridades devem atuar de maneira a preservar a vida e a dignidade humana", assinala o comunicado.

A Amnistia Internacional exorta ainda os responsáveis a serem levados à justiça em processos que respeitem os direitos humanos e exige que as vítimas dessas violações, assim como as suas famílias, recebam reparações adequadas em consonância com a gravidade dos atos cometidos.

Além disso, a organização apelou para que sejam prestadas informações sobre os detidos cujos destinos permanecem desconhecidos.

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