Economia

ANA desmente acusações de pressão para suavizar controlo no Aeroporto de Lisboa

A ANA rejeitou as declarações da ASPP, que a acusou de tentar influenciar o Governo sobre o controlo de fronteiras em Lisboa, destacando que tal responsabilidade é do Estado.

há 4 horas
ANA desmente acusações de pressão para suavizar controlo no Aeroporto de Lisboa

A ANA Aeroportos de Portugal refutou veementemente as alegações da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), que acusou a gestora do aeroporto de exercer pressão sobre o Governo e a PSP para facilitar o processo de controlo de fronteiras no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Em comunicado enviado à agência Lusa, uma fonte oficial da ANA afirmou: "Negamos categoricamente as afirmações da ASPP de que estaríamos a pressionar para a redução do controlo de fronteiras." A ANA enfatizou que esta responsabilidade legal recai exclusivamente sobre o Estado e que não interfere no modo como os controlos são realizados.

Face aos longos períodos de espera, que ultrapassam por vezes as quatro horas para os passageiros nas chegadas, a ANA manifestou a sua preocupação com os viajantes em vez de qualquer intenção de pressionar por alterações nos procedimentos. A gestora lamentou a falta de sensibilidade da ASPP para com esta situação crítica, destacando que os elevados tempos de espera afetam diretamente os passageiros.

No passado sábado, a ASPP/PSP fez um apelo ao Governo para que resistisse a quaisquer pressões da ANA que visassem relaxar o controlo de fronteira em Lisboa, um movimento que, segundo eles, estaria destinado a reduzir os tempos de espera à custa da segurança. A associação sindical expressou que a concretização desta proposta seria "técnica e politicamente impossível", afirmando que isso colocaria em risco a segurança da comunidade europeia e que os agentes que atualmente operam nas fronteiras estão sobrecarregados, dado o nível elevado de tráfico de passageiros que não se via até agora.

Além disso, a ASPP denunciou a falta de reconhecimento e compensação financeira para os agentes, comprometendo-se a lutar para que um operador privado não interfira em serviços públicos essenciais, particularmente na proteção da segurança nacional e do Espaço Schengen.

Em resposta a esta situação, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, declarou no início de junho que os problemas com as longas filas nos aeroportos de Lisboa e Faro deveriam ser resolvidos em breve, à medida que um novo sistema entrasse em funcionamento. Essas declarações seguiram-se a uma série de imagens que mostravam filas extensas de passageiros, principalmente oriundos de fora do Espaço Schengen, aguardando pelo controlo de imigração.

A indústrias de hotelaria e turismo em Portugal expressaram sua esperança por um verão favorável, embora com alguma preocupação face a possíveis complicações nos aeroportos.

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