Política

Aprovada redução do IRS: PSD otimista com apoios da oposição

Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, acredita que PS e Chega apoiarão a descida do IRS, enquanto a esquerda critica a medida por aumentar desigualdades.

26/06/2025 13:05
Aprovada redução do IRS: PSD otimista com apoios da oposição

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, expressou ontem, durante uma conferência de imprensa no parlamento, a sua confiança de que tanto o PS como o Chega irão aprovar a proposta de redução do IRS no valor de 500 milhões de euros. Esta medida foi aprovada em Conselho de Ministros na quarta-feira e visa acelerar o processo legislativo, permitindo que os portugueses beneficiem rapidamente de uma diminuição da carga fiscal.

Soares argumentou que a proposta é "justa e bem desenhada", ressaltando que "se a proposta ficar demasiado tempo no parlamento, os cidadãos atrasarão a obtenção dos benefícios fiscais". O líder do PSD apelou aos partidos da oposição para que aprovem a medida rapidamente e se evitem discussões prolongadas que não são relevantes para a vida dos portugueses.

Por outro lado, o PS, através de Pedro Delgado Alves, afirmou que o partido irá analisar a proposta cuidadosamente, tendo como prioridade a justiça fiscal. Alves destacou que a sua posição dependerá da conformidade da proposta com os princípios de equilíbrio fiscal que o partido defende.

O Chega, representado por Pedro Pinto, anunciou que a sua avaliação da proposta será divulgada nas próximas horas, após ter recebido informações do governo sobre a entrega da proposta no parlamento.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, criticou a proposta, considerou que a redução do IRS agravará as injustiças sociais e beneficiará desproporcionalmente quem auferir rendimentos mais elevados, descrevendo-a como uma “manobra” que visa favorecer grupos económicos em detrimento do aumento dos salários.

Isabel Mendes Lopes, do Livre, manifestou que a proposta pode parecer vantajosa para a classe média, mas na prática beneficiará mais as camadas mais privilegiadas, acusando o governo de exacerbar as desigualdades sociais.

Inês de Sousa Real, do PAN, não se opõe a um alívio fiscal em geral, mas adverte contra a concessão de isenções que possam beneficiar a indústria dos combustíveis.

Esta proposta de redução do IRS, que visa tornar mais leve a carga fiscal para todos os escalões até ao 8.º, já deu entrada no parlamento e espera-se que seja debatida em breve.

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