Ataques aéreos israelitas em Gaza causam mortes e controvérsia

Na manhã desta sexta-feira, pelo menos 26 palestinianos perderam a vida em ataques aéreos israelitas, de acordo com a Al Jazeera, que afirmou ter obtido a informação de fontes médicas.

As forças israelitas teriam atacado o campo de deslocados de al-Mawasi, no sul da Faixa de Gaza, considerado uma “zona segura”. Esta ação resultou num incêndio local, que causou a morte de, pelo menos, cinco pessoas, incluindo crianças.

Segundo a Al Jazeera, os bombardeamentos foram realizados com drones equipados com pregos e materiais explosivos que provocam ferimentos devastadores. A estação de televisão observou que “estes ataques têm vindo a aumentar” e visam frequentemente aglomerações, como mercados e filas para acesso à água.

Outros incidentes mortais foram registados por todo o enclave. Em Tuffah, na parte oriental da Cidade de Gaza, três indivíduos foram mortos, enquanto que em Jabalia an-Nazla, a norte, cinco vítimas foram relatadas em resultado de um ataque aéreo israelita.

Além disso, pelo menos seis palestinianos morreram enquanto procuravam assistência médica, numa situação já crítica.

Os ataques mais recentes sucedem-se à ofensiva de Telavive contra a única igreja católica em Gaza, que resultou na morte de quatro pessoas, incluindo o ferimento do padre Gabriel Romanelli, que tem estado em contacto frequente com o Papa Francisco desde o início da escalada de violência.

A comunidade internacional condenou amplamente o ataque à igreja, considerando-o “inaceitável” e “intolerável”, com líderes mundiais, incluindo Donald Trump, a expressarem a sua indignação. Durante uma conversa com o primeiro-ministro israelita, Netanyahu, Trump afirmou que o ataque era um erro, uma declaração confirmada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.

O exército israelita reconheceu também o erro e expressou pesar pelos danos causados à Igreja da Sagrada Família em Gaza, a única paróquia católica da região, e pelas vítimas inocentes.