Ataques aéreos visam várias infraestruturas petrolíferas no Curdistão iraquiano
A região do Curdistão, no norte do Iraque, sofreu hoje os impactos de ataques aéreos com drones, afetando três campos petrolíferos e intensificando a insegurança na área.

A região autónoma do Curdistão, no norte do Iraque, foi novamente alvo de ataques aéreos, com três campos petrolíferos a serem atingidos por drones armados com explosivos. As forças curdas confirmaram a ocorrência, marcada a um dia de um ataque semelhante que já havia interrompido as operações de um dos campos.
Nas últimas semanas, o Iraque tem sido palco de várias agressões aéreas e de foguetes não reivindicadas, elevando o número de campos petrolíferos atacados no Curdistão para cinco só esta semana.
O primeiro ataque ocorreu entre as 06h00 e as 06h15 (hora local), com drones a atingirem o campo de Pechkabir, que está sob a exploração do grupo norueguês DNO. Seguiu-se um ataque semelhante ao campo de Tawke, na zona de Zakho, às 07h00 (hora local), e às 07h14 (hora local), um terceiro drone visou um campo gerido por interesses americanos na província de Dohuk. Não se registaram vítimas em nenhum dos ataques.
O Iraque, que já enfrenta longas crises de instabilidade, vê esses eventos muitas vezes associados a disputas de poder regionais entre o Irão, os Estados Unidos e Israel. O contexto é ainda mais tenso dado o agravamento das relações entre Bagdade e Erbil sobre as exportações de petróleo, especialmente desde o bloqueio de um oleoduto crucial para a Turquia, suspenso desde 2023 devido a disputas legais e problemas técnicos.
Estes ataques sucedem a um ataque anterior que resultou na suspensão das atividades no campo petrolífero de Sarsang, explorado pela HKN Energy. Na segunda-feira, um drone foi derrubado perto do aeroporto de Erbil, enquanto dois outros afetaram o campo de Khourmala, resultando em danos materiais.
Apesar da insegurança, o Curdistão iraquiano continua a ser visto como uma área relativamente estável dentro do Iraque, atraindo o interesse de investidores internacionais, em grande parte devido às suas relações estreitas com os Estados Unidos e nações europeias.